Jornal do Commercio
O Equador chegou a um acordo com a Petrobras para migrar da atual condição de sócia a operadora das suas áreas de concessão na floresta amazônica, em uma negociação bem sucedida para o país andino, segundo anunciou, no sábado, o presidente Rafael Correa. A petrolífera francesa Perenco e a espanhola Repsol-YPF também aceitaram as condições do Equador para fechar acordos modificatórios um ano antes de assinarem o contrato definitivo de prestação de serviços.
"Com a Petrobras, a boa notícia é que ontem (sexta) firmamos o acordo. Está tudo acertado e a empresa aceitou as condições do país: migraremos do contrato de transição de mais ou menos um ano para o contrato de prestação de serviços", disse Correa em seu programa de rádio semanal. "Com a Perenco também está acertado e com a Repsol fecharemos na próxima semana", acrescentou o presidente, que recentemente ameaçou expulsar as empresas estrangeiras do país em um processo de negociação contratual.
Correa advertiu a Petrobras no começo do mês com a ameaça de nacionalizar o bloco 18 e o campo unificado Palo Azul, de onde são extraídos uns 32 mil barris por dia (bpd), ante a demora da empresa brasileira em concluir as operações iniciadas no ano passado. Além disso, ele também ameaçou expulsar outras petrolíferas que operam em sua jurisdição, acusando-as de "brincar com o país" ao reduzir os níveis de investimento e de produção de petróleo, enquanto negociavam com o governo equatoriano.
O acordo com as três petrolíferas se soma ao firmado com o consórcio chinês Andes Petroleum, que aceitou desde o início das negociações as condições estipuladas pelo Equador.
Fale Conosco
20