Energia

Energia solar passa a ter incentivo e deve seguir o rastro da eólica

Folha de São Paulo
23/08/2011 13:13
Visualizações: 136
Mais cara entre as principais fontes alternativas, a energia solar começa a receber incentivos no país para que seu potencial finalmente possa ser tirado do papel.

A ideia é que o custo de geração a partir da luz do sol siga o mesmo caminho da energia eólica. A geração com a força dos ventos parecia, a exemplo da energia solar, a velha promessa que nunca vingava. O governo passou, então, a fazer leilões, criando demanda e baixando o custo.

O primeiro movimento para tentar baixar o custo da energia solar vem do Ceará, que detém o maior parque de geração eólica do país. O governo local criou um fundo de incentivo à energia solar. Ele consiste em garantir a compra da energia e criar demanda para que produtores de equipamentos se instalem na região.

O governo garantirá, por meio do mercado livre, a compra da energia solar pelo período de um a dois anos.

A energia comprada será direcionada para prédios públicos. As indústrias serão incentivadas, com entrega de selos de sustentabilidade a quem adquirir energia gerada a partir da luz do sol.

O governo cearense estuda ainda conceder incentivos fiscais a quem adquirir essa energia alternativa. Atualmente, o custo de 1 MWh (megawatt-hora) de energia solar é estimado entre R$ 400 e R$ 600.

Gerar a partir dos ventos tinha custo parecido, mas, atualmente, só perde para as usinas hidrelétricas. O custo médio do MWh no leilão realizado na semana passada ficou em torno dos R$ 99.

"A energia eólica parecia inconcebível. Hoje é realidade", diz Zuza de Oliveira, diretor da Adece (Agência de Desenvolvimento do Ceará).

Apenas neste mês, o Brasil passou a ter sua primeira usina a produzir em escala comercial. Com 1 MW de capacidade instalada, a usina solar de Tauá, instalada na cidade cearense homônima, foi construída pela MPX, do grupo EBX, de Eike Batista.

A companhia já tem autorização para quintuplicar a produção da usina. "Acreditamos no potencial da energia solar e achamos que ela pode ter grande aproveitamento, à medida que os custos caírem", diz Eduardo Karrer, presidente da MPX.
Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20