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A Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos (CBH) avisou hoje que as ações do Governo e da Justiça contra empresas e executivos do setor são "sinais negativos" para as companhias interessadas em investir nos projetos de petróleo e gás, como a Petrobras.
Em comunicado, a CBH considera "auspicioso e encorajador" o propósito do Governo do presidente Evo Morales de obter novos mercados para o gás natural, mas que "não pode desviar-se com acusações e ações contra algumas empresas e seus executivos".
As empresas do setor consideram "complexo o cenário num momento em que a Bolívia precisa desenvolver o potencial de reservas" de gás natural, estimadas em 48,7 trilhões de pés cúbicos. O Governo de Morales negocia com vários países sul-americanos a venda de gás natural, que atualmente só exporta ao Brasil e Argentina.
Após uma denúncia da Alfândega Nacional da Bolívia, a promotoria está investigando desde fevereiro a Andina, subsidiária boliviana do grupo hispânico-argentino Repsol YPF, pelo suposto contrabando de petróleo no valor de mais de US$ 9 milhões.
Durante a investigação, os promotores ordenaram a captura do espanhol Julio Gavito, presidente de Andina, e do argentino Pedro Sánchez, gerente de operações, atualmente em paradeiro desconhecido.
De acordo com a Câmara de Hidrocarbonetos, essas ações "sempre deixam seqüelas entre as partes e, o que é pior, enviam um sinal negativo aos investidores que estes projetos exigem".
O comunicado diz que tanto o Governo quanto as empresas do setor devem levar em conta as oportunidades do mercado, "num cenário incomparavelmente dinâmico e competitivo como o dos hidrocarbonetos".
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