Firjan
A capacidade anual de movimentação de cargas no complexo portuário da Baía de Sepetiba, que inclui os portos de Itaguaí e da Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), poderá passar de 200 para 410 milhões de toneladas com a duplicação do canal de acesso marítimo e o aprofundamento de sua bacia de evolução.
A expectativa é do Sistema FIRJAN, que divulgou na última segunda-feira, dia 11, o estudo “Necessidade de adequação do acesso marítimo ao complexo portuário da Baía de Sepetiba”. A FIRJAN ressalta que o complexo está próximo de atingir seu limite de movimentação de embarcações por conta das estimativas de movimentação nos terminais, do início das operações do Porto do Sudeste e da construção do porto da Gerdau. Além do Rio de Janeiro, poderão ser impactados outros 23 estados e o Distrito Federal, que realizam parte de seu comércio exterior pelo Porto de Itaguaí.
De acordo com o estudo, apesar de possuir um dos melhores calados do Brasil, com até 17,8 metros, o canal principal do complexo possui apenas 200 metros de largura, o que faz com que a navegação seja unidirecional, de mão única. Isso restringe a capacidade de acesso a 1.800 embarcações ao ano, metade da capacidade caso fosse de mão dupla.
Apesar disso, o estudo alerta que o projeto de dragagem da Secretaria de Portos da Presidência da República não contempla a duplicação do canal e o aprofundamento da bacia de evolução. Para a FIRJAN, a duplicação do canal também é importante para a base naval de submarinos convencionais e nucleares da Marinha do Brasil (Prosub), já que garantirá mais segurança e facilidade de acesso à base e ao estaleiro.
A Federação das Indústrias considera que, caso incluídas no projeto do governo federal, as obras evitarão a prematura saturação do complexo, o cancelamento de investimentos e a perda de competitividade do estado do Rio de Janeiro e do país.
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