Diário do Nordeste - CE
As vendas de etanol em todo o Brasil continuam crescendo e já superam as de gasolina no acumulado do ano até setembro. A diferença entre a comercialização de álcool e de gasolina atinge 1,58%. No Ceará, a expansão no consumo de álcool combustível ocorre em ritmo acelerado, mas ainda representa 1/4 do verificado na gasolina.
Números da Agência Nacional do Petróleo (ANP), mostram que, no País, foram comercializados 14,053 bilhões de litros de álcool nos primeiros nove meses de 2008. No mesmo período, as vendas de gasolina (descontado o volume de 25% do álcool anidro adicionado ao combustível) atingiram 13,831 bilhões de litros.
Se comparadas ao ano de 2007, quando atingiram a marca de 10,834 bilhões de litros, as vendas de etanol tiveram acréscimo de 29,7%. Na relação com o ano anterior, a gasolina teve aumento nas vendas de 2,94%, que representam 0,39 bilhões de litros. Analisando somente números de setembro de 2008, a vantagem do álcool (anidro e hidratado) sobre a gasolina foi de 6%.
Do total das vendas de álcool, a maior concentração continua sendo no Estado de São Paulo, com 663,375 milhões de litros comercializados somente no mês de setembro, quase a metade do total no País.
No Ceará
As vendas de etanol no Ceará registraram incremento de 215%, entre 2003 e 2007, mas o volume consumido ainda está longe de se equiparar ao patamar da gasolina. No acumulado até setembro deste ano, foram vendidos 100 milhões de litros de álcool, 24,6% dos 446 milhões de litros de gasolina comercializada. Nos nove primeiros meses deste ano, o volume de etanol vendido já superou a marca de 2007. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE), José Carlos Rodrigues Oliveira, a superação da venda de álcool em relação a gasolina é uma questão de tempo.
“Um dos fatores que mais influenciam o fato de a comercialização de etanol no Ceará ainda não ter superado as vendas de gasolina é renovação da frota de veículos. Em Fortaleza há muitos carros novos circulando, mas no Interior esse processo é mais difícil. Comparada ao Sul e Sudeste, nossa frota ainda é antiga. Porém, é uma questão de tempo para o consumo do álcool passar o da gasolina”, comentou Oliveira. Ele afirmou que o mercado de derivados de petróleo passa por um momento complicado.
“As vendas de outubro caíram 5%, em relação a setembro, puxadas pela crise, que fez o consumidor usar menos combustível. Esperamos atingir no fim do ano pelo menos o patamar de vendas de 2007”.
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