Macroeconomia

Combustíveis ditarão desempenho dos IGPs em dezembro, indica FGV

Inflação em dezembro poderá ultrapassar o ano passado.

Valor Econômico
28/11/2013 21:20
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O desempenho da inflação em dezembro será ditado pelos combustíveis, de acordo com o coordenador dos Índices Gerais de Preços (IGPs) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Segundo ele, se houver um reajuste no diesel e na gasolina, a inflação em dezembro poderá ultrapassar os valores registrados no mesmo mês do ano passado, levando o indicador acumulado em 12 meses a um patamar superior ao visto em novembro. Caso contrário, a tendência, segundo ele, seria de leve desaceleração.
“Não vou arriscar um número porque seria exercício de futorologia. Mas podemos dizer que se não houver o reajuste dos combustíveis a inflação ficará um pouco abaixo do patamar atual e, se houver, ficará acima, mas o quanto acima vai depender do tamanho do aumento”, resumiu Quadros. 
Nos 12 meses encerrados em novembro, o IGP-M, que mede a inflação entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, subiu 5,6%. O indicador registrou forte desaceleração entre outubro e novembro, com sua alta sendo reduzida de 0,86% para 0,29% no período. O fim do ciclo de pressão sobre os preços no atacado, motivado pela alta do dólar no começo do segundo semestre, afirma Quadros, explica a forte desaceleração do IGP-M neste intervalo. Em dezembro de 2012, o IGP-M avançou 0,68%.
Câmbio
O fim do ciclo de pressão sobre os preços no atacado, motivado pela alta do dólar no começo do segundo semestre, explica a forte desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em novembro, de acordo com Salomão Quadros. Neste mês, o indicador subiu 0,29%, após ter registrado alta de 0,86% em outubro. 
“Não há sinal de pressão remanescente de câmbio sobre os preços no atacado. A alta do dólar já foi absorvida, até mesmo nos eletroeletrônicos”, diz Quadros, acrescentando que diante de notícias positivas vindas dos Estados Unidos quanto a safras, também não há pressões sobre os produtos agropecuários. 
Após bater R$ 2,45 em agosto, a moeda americana recuou para o patamar de R$ 2,20 no fim de outubro e avançou para cerca de R$ 2,30 neste mês. A aceleração das últimas semanas, diz Quadros, ainda é vista como uma oscilação pelos produtores e, por isso, não deve impactar os preços, ao menos por enquanto. 
Entretanto, o economista ressalta que o alívio do câmbio sobre a inflação tende a desaparecer e, sendo assim, seria natural esperar uma acomodação dos preços no atacado em patamar um pouco mais elevado que o atual. Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M, subiu 0,17%, percentual muito inferior à alta de 1,09% registrada em outubro.
A desaceleração foi sentida tanto nos produtos agropecuários (de 0,49% para -0,06%) quanto nos industriais (de 1,32% para 0,25%). 
“Essa perda de ritmo contempla quedas transitórias. É possível que o IPA volte para um patamar mais próximo de 0,30% em dezembro. Mas isso não é um processo de nova aceleração. É uma acomodação. Alguns itens simplesmente param de cair”, pontua Quadros. 
Citando o exemplo de materiais para manufatura e embalagens, o economista da FGV destaca que algumas quedas de preços vistas nesse mês foram ajustes após altas demasiadas ocorridas em meses anteriores. “Alguns fabricantes superestimaram o impacto do dólar e aumentaram seus preços mais do que deviam. Agora estão dando descontos para ajustar os preços”, afirma. Em novembro, os materiais para manufatura ficaram 0,17% mais baratos, após subirem 1,18% em outubro. Já as embalagens registraram queda de 0,57%, ante alta de 1,28% no mês passado. 
Neste mês, houve uma desaceleração generalizada nos grupos que compõem o IPA. A maior contribuição para a perda de fôlego na inflação no atacado veio de matérias-primas brutas, com a ajuda do minério de ferro. O produto, que havia subido 6,81% em outubro, teve sua alta atenuada a 2,06% em novembro. “O minério de ferro também tende a se acomodar. A fase de maior desaceleração já aconteceu”, diz Quadros. 

O desempenho da inflação em dezembro será ditado pelos combustíveis, de acordo com o coordenador dos Índices Gerais de Preços (IGPs) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Segundo ele, se houver um reajuste no diesel e na gasolina, a inflação em dezembro poderá ultrapassar os valores registrados no mesmo mês do ano passado, levando o indicador acumulado em 12 meses a um patamar superior ao visto em novembro. Caso contrário, a tendência, segundo ele, seria de leve desaceleração.

“Não vou arriscar um número porque seria exercício de futorologia. Mas podemos dizer que se não houver o reajuste dos combustíveis a inflação ficará um pouco abaixo do patamar atual e, se houver, ficará acima, mas o quanto acima vai depender do tamanho do aumento”, resumiu Quadros. 

Nos 12 meses encerrados em novembro, o IGP-M, que mede a inflação entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, subiu 5,6%. O indicador registrou forte desaceleração entre outubro e novembro, com sua alta sendo reduzida de 0,86% para 0,29% no período. O fim do ciclo de pressão sobre os preços no atacado, motivado pela alta do dólar no começo do segundo semestre, afirma Quadros, explica a forte desaceleração do IGP-M neste intervalo. Em dezembro de 2012, o IGP-M avançou 0,68%.

Câmbio

O fim do ciclo de pressão sobre os preços no atacado, motivado pela alta do dólar no começo do segundo semestre, explica a forte desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em novembro, de acordo com Salomão Quadros. Neste mês, o indicador subiu 0,29%, após ter registrado alta de 0,86% em outubro. 

“Não há sinal de pressão remanescente de câmbio sobre os preços no atacado. A alta do dólar já foi absorvida, até mesmo nos eletroeletrônicos”, diz Quadros, acrescentando que diante de notícias positivas vindas dos Estados Unidos quanto a safras, também não há pressões sobre os produtos agropecuários. 

Após bater R$ 2,45 em agosto, a moeda americana recuou para o patamar de R$ 2,20 no fim de outubro e avançou para cerca de R$ 2,30 neste mês. A aceleração das últimas semanas, diz Quadros, ainda é vista como uma oscilação pelos produtores e, por isso, não deve impactar os preços, ao menos por enquanto. 

Entretanto, o economista ressalta que o alívio do câmbio sobre a inflação tende a desaparecer e, sendo assim, seria natural esperar uma acomodação dos preços no atacado em patamar um pouco mais elevado que o atual. Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do IGP-M, subiu 0,17%, percentual muito inferior à alta de 1,09% registrada em outubro.

A desaceleração foi sentida tanto nos produtos agropecuários (de 0,49% para -0,06%) quanto nos industriais (de 1,32% para 0,25%). 
“Essa perda de ritmo contempla quedas transitórias. É possível que o IPA volte para um patamar mais próximo de 0,30% em dezembro. Mas isso não é um processo de nova aceleração. É uma acomodação. Alguns itens simplesmente param de cair”, pontua Quadros. 

Citando o exemplo de materiais para manufatura e embalagens, o economista da FGV destaca que algumas quedas de preços vistas nesse mês foram ajustes após altas demasiadas ocorridas em meses anteriores. “Alguns fabricantes superestimaram o impacto do dólar e aumentaram seus preços mais do que deviam. Agora estão dando descontos para ajustar os preços”, afirma. Em novembro, os materiais para manufatura ficaram 0,17% mais baratos, após subirem 1,18% em outubro. Já as embalagens registraram queda de 0,57%, ante alta de 1,28% no mês passado. 

Neste mês, houve uma desaceleração generalizada nos grupos que compõem o IPA. A maior contribuição para a perda de fôlego na inflação no atacado veio de matérias-primas brutas, com a ajuda do minério de ferro. O produto, que havia subido 6,81% em outubro, teve sua alta atenuada a 2,06% em novembro. “O minério de ferro também tende a se acomodar. A fase de maior desaceleração já aconteceu”, diz Quadros. 

 

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