Energia elétrica

Chuvas seguram aumento do PLD em setembro

Chuvas mais generosas nas regiões Sudeste e Sul na segunda quinzena de agosto diminuem impacto da revisão de carga no preço para setembro; segundo as projeções, PLD deve voltar a cair em outubro.

Redação/Assessoria CCEE
30/08/2016 14:41
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A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou nesta segunda-feira (29/8), durante o InfoPLD ao vivo (exibido em www.ccee.org.br/aovivo), análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças - PLD de agosto e para início de setembro. As afluências registradas ao longo dos meses de julho e agosto têm se mostrado bastante favoráveis, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, contribuindo para que o PLD da primeira semana de setembro sofresse uma influência menor da revisão da carga.

“Esperávamos que a revisão da carga tivesse um impacto maior nos preços, mas as chuvas da segunda quinzena de agosto contribuíram para a melhora da tendência hidrológica, refletindo num aumento não tão acentuado no preço”, destaca o gerente de preço da CCEE, Rodrigo Sacchi.

A previsão para os próximos meses indica que há uma tendência de adiantamento da chegada do período úmido em todas as regiões. “Mesmo com esse cenário, as afluências ainda devem ficar abaixo da média histórica”, analisa o executivo.

As ENAs previstas para o Sudeste fecharam julho em 91% da MLT, próximo a média histórica. Já o índice de agosto alcançou 104% da média. Na região Sul, as afluências de julho foram de 97% da média e espera-se agosto em 116% da MLT. “Observamos que nos próximos meses as ENAs do Sul devem voltar para a média, confirmando o encerramento do fenômeno El Niño”, afirma Sacchi.

Mesmo com o adiantamento do período úmido, os reservatórios do Sistema Interligado Nacional – SIN registraram quedas em todas as regiões ao longo do mês de agosto, exceto no Sul onde o índice subiu de 88,4% para 90,6%. Já os níveis no Sudeste passaram de 51,6% para 46,6%, queda de 5% na energia armazenada. Nas demais regiões, o armazenamento segue significativamente abaixo da média histórica, fechando em 19,8% da capacidade no Nordeste (-3,6%) e em 48% no Norte (-6,6%), maior queda no período.

A segunda revisão quadrimestral de carga de energia para todo o Sistema indica um aumento de quase 1,3% para agosto e de 3% para setembro, na comparação com a carga prevista no início do ano.

Segundo as análises, o fator de ajuste do MRE deve ficar em 86,2% em agosto e fechar setembro em 89,1%. Ao considerarmos a repactuação do risco hidrológico, que leva em conta a sazonalização “flat”, agosto registraria 82,4% de energia alocada e setembro alcançaria os 87%, fechando 2016 em 89,8% em ambos os cenários analisados.

Em agosto, os Encargos de Serviços do Sistema - ESS devem chegar a R$ 302 milhões, caindo para R$ 60 milhões em setembro. Para 2016, o ESS consolidado deve ser de R$ 2,9 bilhões, valor bastante inferior aos R$ 5,6 bi do ano passado.

Entenda o PLD

O PLD é o preço de referência do mercado de curto prazo, utilizado para precificar o que foi gerado e o que foi consumido de energia elétrica por todos os participantes do mercado (que operam no âmbito da CCEE).

A CCEE apura mensalmente o total de energia consumido pelos consumidores que compram no Ambiente de Comercialização Livre - ACL e pelos cativos do Ambiente de Contratação Regulado - ACR. Os contratos negociados no mercado livre, fechados entre o comprador e o vendedor (pelos geradores, comercializadores e consumidores livres e especiais) e pagos bilateralmente, também são registrados na CCEE. Por sua vez, no mercado cativo os contratos são fechados em leilões regulados pelo governo, informações também registradas pela CCEE. Caso haja mais consumo ou geração do que os montantes contratuais registrados, essas diferenças são liquidadas mensalmente no mercado spot (à vista ou de curto prazo, como também é conhecido). Todos os devedores(subcontratados) pagam em igual proporção para os credores (sobre contratados).

O valor utilizado para este acerto é o Preço da Liquidação das Diferenças - PLD que é calculado semanalmente pela CCEE e, após Resolução Homologatória da ANEEL de número 2.002, de 15 de dezembro de 2015 - tem valor teto de R$ 422,56/MWh e piso de R$ 30,25/MWh, vigentes a partir da primeira semana operacional de janeiro/2016.

 

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