Mercado

China busca novo modelo para preços do minério de ferro

Valor Online
31/10/2011 14:55
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A China, maior comprador mundial de minério de ferro, tem mantido conversações com a Vale, Rio Tinto e BHP Billiton com vistas à criação de um novo mecanismo de formulação de preços do minério, após a nova queda dos valores praticados no mercado à vista.

"Esperamos estabelecer um novo mecanismo de preços estável, transparente, justo e razoável”, afirmou hoje (31) a jornalistas em Pequim o vice-presidente e secretário-geral da Associação de Ferro e Aço da China (Cisa), Zhang Changfu. “Queremos torná-lo mais organizado e saudável”.

Os preços do minério de ferro para entrega imediata caíram 32% neste mês, na esteira do aperto do crédito da China e da redução na demanda por aço por parte de construtores e montadoras. A Baoshan Iron & Steel Co, maior siderúrgica da China, está em tratativas com a Vale acerca dos preços do minério no quarto trimestre e espera que seus custos com matéria-prima caiam sob um novo modelo de preços, afirmou o gerente-geral da companhia, Ma Guoqiang, durante teleconferência com investidores.

A Vale, a BHP e a Rio Tinto abandonaram em 2010 um modelo de fixação de preços anuais, que vigorou por cerca de 40 anos, em favor dos contratos trimestrais de minério de ferro a partir de valores praticados no mercado à vista.

A queda nos preços da commodity está acelerando alteração para modelos de menor prazo e mais próximos do mercado à vista, afirmou a analistas na semana passada o principal executivo da Rio Tinto, Tom Albanese. A companhia, segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, vendeu cerca de 86% de sua produção com preços em bases trimestrais, afirmou.

A BHP, terceira maior produtora da commodity, está negociando a “vasta maioria” de seu minério de ferro com preços mensais, segundo o presidente-executivo Marius Kloppers. Os três principais produtores controlam 62% do comércio marítimo global de minério, segundo a Bloomberg Industries.

Os preços do minério de ferro poderão cair para US$ 95 a tonelada métrica no curto prazo, atingindo o nível mais baixo em mais de dois anos, antes da recuperação prevista para 2012, avaliam em relatório os analistas Peter Richardson e Joel Crane, do Morgan Stanley.
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