A Chesf, subsidiária da Eletrobras, pretende participar do leilão de energia nova A-3, marcado para 22 de março, com projetos eólicos em conjunto com parceiros privados. A afirmação foi dada ontem (30) pelo presidente da estatal, João Bosco de Almeida, durante o congresso EnerGen LatAm 2012, que é realizado até amanhã (1) no Rio de Janeiro.
A chamada pública de potenciais parceiros privados foi finalizada na última sexta-feira (27) e ao menos quatro empresas se cadastraram, informou Bosco de Almeida a jornalistas antes de participar de um painel sobre energia solar em evento no Rio de Janeiro.
"Queremos crescer em fonte renovável. Vamos fazer parcerias com o setor privado porque eles foram mais rápidos no estudo dos sítios", disse. A Chesf vai analisar a partir de agora as propostas e a viabilidade dos projetos.
Após o leilão A-3 de março, o objetivo da Chesf é entrar sozinha em futuros leilões. "Vamos participar com parceiros para eólica, porque não temos projetos nossos. No outro leilão, que deve acontecer no segundo semestre, podemos entrar sozinhos", disse.
A empresa tem cerca de 250 MW de projetos de plantas eólicas em análise na Eletrobras, informou o executivo. "Não estamos bem não. O mercado privado está melhor que nós e precisamos avançar. Queremos crescer e manter nosso market share de 12% em geração", disse.
Solar
O executivo da Chesf disse que a empresa aposta no crescimento da energia solar no País no médio prazo e que muitas de suas unidades geradoras estão em pleno semi-árido nordestino, onde estima que o potencial da solar seja superior à capacidade instalado da Chesf na região - de aproximadamente 10 mil MW.
"Nós no semi árido somos o dono da mina e vamos ficar atentos a esse assunto que é estratégico para a empresa e a nossa região", afirmou o executivo.
Um projeto piloto de energia solar da Chesf será realizado na cidade de Petrolina, com investimentos previsto de R$ 70 milhões ao longo de quatro anos, e implantação de três diferentes tecnologias em três plantas solares.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, sugeriu no mesmo evento que o Governo realize leilões de energia solar para "criar massa crítica" no Brasil.