Petróleo

Cabo Verde quer atuação da Petrobras no país, diz premiê

Cabo Verde deseja a presença da Petrobras no arquipélago africano para realizar trabalhos de prospecção em águas ultraprofundas no seu território, disse o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, em entrevista em Brasília. O chefe de Governo de Cabo Verde afirmou também que gostar

Agência Lusa
14/10/2009 12:32
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Cabo Verde deseja a presença da Petrobras no arquipélago africano para realizar trabalhos de prospecção em águas ultraprofundas no seu território, disse o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, em entrevista à Agência Lusa em Brasília.


O chefe de Governo de Cabo Verde afirmou também que gostaria de incrementar a participação do Brasil no setor da construção civil.


Estes dois pontos foram o centro da conversa que Neves manteve com o presidente Lula na terça-feira, em Brasília, no início da sua visita oficial ao país.


O premiê cabo-verdiano defendeu ainda a abertura de linhas de crédito para facilitar a exportação de bens e serviços brasileiros da construção civil, engenharia e arquitetura para Cabo Verde.


Além disso, Neves indicou que o Brasil agora é credor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, como potência emergente, pode ter uma presença mais forte além dos mercados financeiros internacionais convencionais, focando, por exemplo, na África.


"Na África Ocidental, Cabo Verde posiciona-se como uma porta de entrada para o Brasil. Temos a mesma língua, temos estabilidade e segurança e podemos funcionar como uma plataforma do Brasil não só para o comércio, mas também para outros negócios, designamente serviços financeiros para aquela região", afirmou.


O primeiro-ministro lamentou a existência de mecanismos no Brasil que emperram os financiamentos, ao contrário de Portugal, que disponibiliza atualmente linhas de crédito para o arquipélago que chegam a 500 milhões de euros.


"Com o Brasil isto é extremamente difícil, embora as disponibilidades financeiras sejam superiores. Durante muito tempo, o Brasil esteve muito voltado para dentro e, portanto, os mecanismos de atuação do Brasil no plano internacional neste domínio são mais precários", considerou.


Segundo ele, os recursos de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderiam ser aplicados na construção de edifícios administrativos e há também estudos sobre financiamentos da Caixa Econômica Federal ao setor de habitação em Cabo Verde.


"Há decisões já tomadas no sentido de reforçar os negócios e as trocas comerciais no quadro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e estamos à procura de mecanismos concretos, como as linhas de crédito, para conseguir isso", assinalou, esquivando-se em falar nos valores que estão sendo negociados.


O interesse nos ramos de energia e construção civil também estará presente na visita a São Paulo, onde Neves se vai encontrar com empresários na quinta-feira, além de uma reunião com o governador de São Paulo, José Serra.


Hoje, o primeiro-ministro cabo-verdiano recebe no Rio de Janeiro o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Cândido Mendes e tem encontros com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e com representantes da comunidade estudantil cabo-verdiana.
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