Petroquímica

Braskem reajusta preço e aposta na retomada de vendas

Valor Econômico
04/08/2005 03:00
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A Braskem, que anunciou ontem lucro líquido de R$ 428 milhões no segundo trimestre, reajustou os preços de seus principais produtos sob a perspectiva de uma retomada do mercado petroquímico.
"Estamos esperando uma recuperação nos preços e das margens no terceiro trimestre", disse o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich. A empresa reajustou, em 1º de agosto, em cerca de 10%, os preços das resinas de polietileno e polipropileno, as duas mais usados pela indústria do plástico.
No segundo trimestre, a companhia petroquímica enfrentou um cenário menos favorável, com encolhimento do mercado interno e aumento dos custos com a principal matéria-prima. Os gastos com a compra de nafta, que aumentou 26% em dólar, somaram R$ 824 milhões no primeiro semestre.
Houve também queda nos preços das resinas no mercado internacional, que serve de parâmetro para o realinhamento de preços da empresa brasileira. "A China saiu do mercado, consumindo o próprio estoque, o que derrubou os preços", disse Grubisich. Os preços recuaram 5% a 7% no segundo trimestre.
Mas, desde a segunda quinzena de junho, os preços das resinas reverteram a tendência no mercado asiático, voltando a aumentar. O preço do polietileno de baixa densidade linear subiu de US$ 980 por tonelada em junho para US$ 1,1 mil tonelada em julho, informou a empresa
O presidente da Braskem disse que já notou uma retomada na recomposição dos estoques dos seus clientes, além de alguns setores exportadores apostando numa desvalorização do real, chegando a R$ 2,50 por dólar. Ele disse ainda ver indícios da recuperação da renda.
No segundo trimestre, a variação cambial teve efeito positivo de R$ 368 milhões no balanço da empresa. O resultado financeiro líquido foi revertido para R$ 137 milhões, ante R$ 717 milhões negativos do segundo trimestre do ano passado. Com isso, a Braskem saiu de um prejuízo de R$ 302 milhões no segundo trimestre do ano passado para um lucro de R$ 428 milhões, em 2005.
As vendas da Braskem evoluíram apenas 2%. Mas as exportações tiveram desempenho salvador, com expansão de 12%, alcançando US$ 248 milhões.
Grubisich destacou o avanço das vendas no mercado argentino, onde as margens são quase similares às obtidas no país. O executivo acredita que as exportações poderão chegar a US$ 1 bilhão ao longo de 2005, depois de ter registrado US$ 509 milhões no primeiro semestre, 44% acima de igual período de 2004.
A receita líquida subiu 5%, para R$ 2,8 bilhões. A geração operacional de caixa, medida pelo lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (lajida), recuou 7%, somando R$ 570 milhões.

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