As manobras que as Forças Armadas vão fazer a partir do próximo dia 12 sobre as bacias petrolíferas de Santos, Campos e Espírito Santo, batizadas de Operação Atlântico, são necessárias para o país garantir a soberania das jazidas de petróleo recém-descobertas na camada pré-sal.
Agência BrasilAs manobras que as Forças Armadas vão fazer a partir do próximo dia 12 sobre as bacias petrolíferas de Santos, Campos e Espírito Santo, batizadas de Operação Atlântico, são necessárias para o país garantir a soberania das jazidas de petróleo recém-descobertas na camada pré-sal.
A opinião é do estrategista militar Geraldo Cavagnari, membro e fundador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp). Segundo ele, o Brasil tem que mostrar ao mundo que suas fronteiras estão sendo vigiadas, principalmente depois da descoberta do petróleo pré-sal, que “aumentou a cobiça sobre as águas brasileiras”.
Cavagnari lembrou que um dos produtos associados à extração petrolífera é o gás, que tanto poderá ser processado em alto-mar quanto vir à terra por gasodutos. “A Marinha precisa ter uma presença efetiva para evitar sabotagens e para isso é necessário muito investimento, incluindo o submarino nuclear, que é imprescindível”, disse Cavagnari, que é coronel da reserva.
Sobre as manobras militares que a Venezuela fará com a Rússia no Caribe, o militar afirmou que não representam qualquer ameaça ao Brasil. Ele chama a atenção, porém, para os últimos desdobramentos da crise entre Rússia e Estados Unidos por causa do escudo anti-mísseis que os americanos estão instalando nos países da antiga Cortina de Ferro, no leste europeu.
“Pode-se configurar um novo cenário de Guerra Fria. Este é o momento de o Brasil, usando recursos do petróleo, investir nas Forças Armadas, para garantir equipamentos, alto nível de prontidão e capacidade de pronta resposta”, afirmou Cavagnari.
Outras polêmicas recentes foram a chegada de navios norte-americanos para prestar ajuda humanitária à Geórgia, país aliado dos Estados Unidos que foi invadido pela Rússia após conflitos em províncias separatistas, e a declaração do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que fará manobras militares conjuntas com a Rússia no Caribe.
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