Estudo

Biomassa terá participação crescente na matriz energética brasileira

Pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sinaliza que a geração de energia elétrica através da queima do bagaço da cana, a biomassa, poderá alcançar 10 mil megawatts (MW), o equivalente a uma usina de Itaipu.

Agência Brasil
19/09/2008 14:41
Visualizações: 761 (0) (0) (0) (0)

Pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sinaliza  que a geração de energia elétrica através da queima do bagaço da cana, a biomassa,  poderá alcançar  10 mil megawatts (MW), o equivalente a uma usina de Itaipu.

 

Numa estimativa  mais otimista, a geração poderá ser de 15 mil MW. “É muita energia”, afirmou nesta quinta-feira (18) à Agência Brasil o coordenador do Gesel, Nivalde de Castro.

 

Com base na mudança da política energética,  focada  na biomassa, e na possibilidade da indústria de açúcar e álcool produzir energia elétrica através da biomassa, os economistas do Gesel traçaram um panorama da bioeletricidade sucroalcooleira.


O resultado dos estudos estão no A Indústria do Álcool e Açúcar e a Bioeletricidade no Brasil - Possibilidades e Limites, que será lançado  nesta sexta-feira (19), no encerramento do 3º Seminário Internacional do Setor Elétrico.

 

A biomassa passou a fazer parte oficialmente da matriz de energia  elétrica brasileira, com a realização do leilão de energia de reserva, em agosto. Na ocasião, foram negociados 2,3 mil MW de potência instalada para 2009 e 2010.


Segundo Castro, havia, antes a falta de estímulo para que o usineiro produzisse energia elétrica a partir da biomassa, sendo a principal dificuldade  o elevado custo de conexão.

 

Antes, cabia ao usineiro a construção de linhas de transmissão até a rede básica, onde a energia seria vendida,  conforme explicou o economista.  “Isso assustava muito o usineiro, porque era um investimento numa área que ele não conhecia. E com uma rentabilidade mais baixa. Mas, o leilão de energia de reserva conseguiu resolver esse problema estrutural. O livro aponta que, agora, a biomassa vai entrar na matriz de energia elétrica numa velocidade muito maior”, previu.

 

Agora, a questão do custo de conexão foi contornada  com a criação de subestações coletoras mais próximas dos usineiros. “Isso ajudou, de certa maneira, a ganhar a confiança do usineiro”.

 

O economista prevê que uma participação da biomassa crescente a partir de agora. O potencial da biomassa é calculado através da quantidade de cana que é moída por ano. “E como o Brasil  tem uma perspectiva de aumentar muito a produção e a moagem de cana, por conta do etanol,  nas estimativas mais conservadoras  se chega a 10 mil MW”, reiterou.

 

Atualmente, a participação da biomassa na matriz de energia elétrica é muito reduzida. Castro  lembrou que, se a usina de Itaipu representa hoje 10% da capacidade instalada nacional,  “eu poderia aumentar num período rápido 10% a mais de energia advinda da biomassa”.

 

Castro afirmou que o Brasil quer colocar o etanol como um  bem substituto do petróleo, porque é um combustível que emite menos gases que intensificam o efeito estufa.

 

Com isso, ele acredita que a produção de cana-de-açúcar deva aumentar, bem como a bagaço de cana. “Haverá, assim, um subproduto da produção de etanol que vai gerar energia elétrica. Isso é uma eficiência energética muito positiva para o Brasil. É mais um fator de diferenciação do Brasil no cenário energético mundial.”

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Brasil
Governo Trump isenta petróleo e derivados de nova tarifa...
01/08/25
Evento
Conferência Internacional de Energias Inteligentes acont...
01/08/25
Pré-Sal
MODEC celebra 15 e 10 anos dos FPSOs MV20 e MV26
31/07/25
Biodiesel
Produção de biodiesel em MT sobe 4,64% em junho no compa...
31/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 reforça protagonismo do estado na...
31/07/25
Acordo
Assinado acordo de leniência com empresas de energia e i...
31/07/25
Evento
Congresso da FIEE debate segurança energética em cenário...
31/07/25
Rio Grande do Sul
Sindienergia-RS e Países Baixos fortalecem conexões para...
30/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Comquality é destaque em Painel sobre segurança de Proce...
30/07/25
Evento
Fenasucro & Agrocana promove debates sobre o futuro da m...
30/07/25
Resultado
Produção de petróleo e gás natural da Petrobras aumenta 5%
30/07/25
Refino
Com investimento de R$ 490 milhões, Refinaria de Cubatão...
30/07/25
Firjan
Em Brasília para tratar do tarifaço, Firjan se reúne com...
30/07/25
Descarbonização
Comerc chega a 500 Jornadas de Descarbonização e amplia ...
29/07/25
Resultado
ANP divulga dados consolidados em inglês do setor regula...
28/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Valge se prepara para comemorar 30 anos com foco no cres...
28/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Em sua 4ª edição, SOG25 supera expectativas e já tem dat...
28/07/25
Sergipe
Governo de Sergipe e Petrobras fortalecem parcerias e di...
28/07/25
Combustíveis
ANP vai rever atividade de formulação de gasolina e óleo...
28/07/25
GNV
Naturgy anuncia redução de tarifas de gás natural em agosto
28/07/25
Gás Natural
Petrobras atualiza preços do gás natural para distribuidoras
28/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22