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Barreira dos US$ 60 está cada vez mais frágil

O WTI poderá atingir a marca histórica dos US$ 62,5, tão longo a barreira dos US$ 60 seja rompida, analisa o diretor da consultora Global Invest, Fernando Pinto Ferreira. Segundo Adriano Pires, do CBIE, o preço médio do barril em 2005 será US$ 5 mais alto do que no ano anterior.


24/06/2005 03:00
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O  WTI chegou a US$  59,88 e o Brent fechou a US$ 58,24 nesta sexta-feira (24/06). No informe da Global Invest Asset Manegemet, o sócio-diretor da cosultoria, Fernando Pinto Ferreira, afirmou que o WTI poderá atingir a marca histórica dos US$ 62,5, tão longo a barreira dos US$ 60 seja rompida. "Na primeira tentativa não houve rompimento, mas haverá outro teste breve", analisa 
Apesar do provável desaquecimento da economia mundial no segundo semestre deste ano, o preço médio do barril de petróleo em 2005 deverá ficar entre US$ 45 e US$ 48. As cotação são aproximadamente US$ 5 ou US$ 6 mais altas do que a média do ano anterior, segundo a avaliação do consultor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), Adriano Pires.
Os motivos para persisitente alta do petróleo, que fez o barril do WTI chegar a US$ 60 nesta sexta-feira (24/06), são os mesmos defendidos por vários analistas: forte demanda mundial, sem o correspondente crescimento na oferta de petróleo cru e de derivados, já que a atividade de refino também se encontra próxima ao limite de atividade.
Pires acrescenta, no entanto, que as perspectivas não são de rápido crescimento da oferta de para atender a esta demanda, uma vez que a maioria das reservas mundiais estão em mãos de empresas estatais. "Como as estatais têm compromissos políticos e sociais, elas têm outra lógica. As estatais não se comportam como uma empresa privada que tem o objetivo de transformar as reservas em produção rapidamente para aproveitar os preços altos. Além disso, por ter obrigações de investir em seus compromissos e sobra menos para investir na exploração", afirma.
O consultor analisa que além da pressão decorrente da proximidade entre oferta e demanda, ainda ocorreram uma série de fatores conjunturais, como atentados, guerras, furacões e, nas últimas semanas, ameaças de ataques a embaixadas na Nigéria e de greves na Noruega. "O fato é que quando os preços já estão pressionados, qualquer evento cria o ambiente para que os especuladores aproveitem", resume.

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