Representantes das maiores instituições financeiras do país apresentaram seus serviços para pessoas jurídicas em debate do Seminário Finanças e Financiamento na Fiesp.
Agência Indusnet Fiesp/RedaçãoAs variadas possibilidades de financiamento foram debatidas em painel no Seminário Finanças e Financiamento, realizado na manhã desta sexta-feira (22/07), na sede da Fiesp, em São Paulo. Uma iniciativa do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp (Dempi).
Convidado a participar da discussão, o gerente de Mercado Pessoa Jurídica do Banco do Brasil Thiago Montero destacou que as instituições financeiras precisam trabalhar afinadas com seus clientes. “Se o gerente não está visitando vocês, cobrem isso”, disse Montero. “Esses profissionais precisam estar nas empresas, junto com vocês”.
O Banco do Brasil tem 1.420 agências de varejo no estado de São Paulo. Quatro delas são de atendimento exclusivo a pessoas jurídicas, com dois escritórios de negócios para as micro e pequenas empresas, 1.127 gerentes de relacionamento para pessoas jurídicas e um volume de crédito total R$ 16,8 bilhões para empreendedores de pequeno e médio porte.
Nessa linha, o gerente regional de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Thiago Gomes de Souza, explicou que os gerentes do banco “procuram atuar como consultores financeiros”. “Temos 2,5 mil gerentes de pessoa jurídica em todo o Brasil”, disse. “A Caixa tem buscado desburocratizar o acesso ao crédito”.
Essa desburocratização tem sido feita a partir de cuidados como “conhecer o plano de negócios da empresa que busca o crédito”. “Só assim podemos oferecer o crédito certo no momento certo”, afirmou.
Outro foco do banco está no suporte a operações de comércio exterior. “As nossas agências estão habilitadas a trabalhar com esse foco”.
O chamado “crédito com pausa” também foi destacado, permitindo aos clientes em dificuldades financeiras um tempo no pagamento de seus empréstimos.
De acordo com o gerente do Departamento de Empréstimos e Financiamento do Bradesco, Rinaldo de Martini, o banco possui uma área de inovação voltada para o desenvolvimento de novos produtos e serviços para as empresas, como linhas para quem vende a prazo e opções para franquias, por exemplo.
“Temos um portal voltado para pessoas jurídicas com dicas, orientações, depoimentos de empreendedores, análises econômicas e agenda de eventos em todo o Brasil”, afirmou Martini.
Acesso ao BNDES
Também participante do debate, a gerente do Departamento Regional Sul do BNDES, Ana Paula Paschoini, destacou o fato de que o banco governamental também possui operações para as micro, pequenas e médias empresas por meio de agentes financeiros credenciados. “O BNDES não exige tempo mínimo de faturamento da empresa para fornecer crédito”.
Assim, segundo Ana Paula, é possível financiar móveis, reformas e equipamentos, taxas de franquias (no caso de empresas franqueadoras nacionais) e treinamento de funcionários, entre outras opções. “Só não financiamos a compra de imóveis e a transferência de pontos comerciais, por exemplo”.
Para acessar os recursos do BNDES, a orientação é procurar o agente financeiro com quem o empreendedor já tenha um relacionamento para saber mais sobre as linhas disponíveis e critérios para chegar até elas. “É o agente financeiro que assume o risco da operação”, disse Ana Paula.
Crédito sustentável
Superintendente de Negócios da Desenvolve SP, Ana Paula Shuay destacou a importância de despertar nos empresários a consciência do chamado “crédito sustentável”, ou seja, aquele que é possível pagar, com taxas de juros compatíveis com as finanças das empresas.
De acordo com Ana Paula, a Desenvolve SP financia a implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva, atendendo todos os tipos de negócios.
Há ainda opções de linhas com foco em atividades de inovação, como equipes participantes do projeto, equipamentos, matérias-primas, compra de tecnologia, assistência técnica e serviços de consultoria, por exemplo.
Outro foco são as linhas para projetos voltados para a sustentabilidade, que de alguma forma ajudem a reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa. “Pode ser até a troca das luzes na empresa por lâmpadas de maior durabilidade”, afirmou Ana Paula.
Também há opções de financiamento para ajudar a exportar. “Temos um prazo de carência longo nas nossas linhas”, disse.
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