Produção acumulada de Itaipu chega a 2.351.330.489 de MWh, suficientes para abastecer o mundo por quase 40 dias.
Assessoria/RedaçãoItaipu chega aos 42 anos de criação, nesta terça-feira (17), no auge da produtividade, eficiência e sustentabilidade. A usina nunca produziu tanta energia, proporcionalmente ao período, como agora. Do começo de 2016 até as 9h desta segunda-feira (16) a hidrelétrica binacional havia gerado 38.638.482 megawatts-hora (MWh), ante 37.692.280 em 2013, ano em que mais produziu desde que começou a gerar energia, em 1984. A diferença é de quase 1 milhão de MWh a mais na comparação.
Neste ano, a usina vem registrando sucessivos recordes de produção, com tendência de novas superações de marcas históricas e também grandes chances de atingir ou até mesmo ultrapassar a meta de 100 milhões de MWh anual. O cálculo leva em consideração a média mensal produzida nestes quase cinco meses, algo em torno de 8,5 milhões de MWh.
Em 2016, Itaipu registrou os melhores janeiro e fevereiro da história, além dos melhores bimestre, trimestre e quadrimestre, o que reforça a projeção de bom desempenho. Desde que a usina começou a produzir, em 5 de maio de 1984, dez anos depois de ser constituída como empresa, a Itaipu Binacional acumula uma produção de 2.351.330.489 de MWh. Essa energia toda daria para atender ao consumo mundial por quase 40 dias.
Energia e nova missão
Mais de quatro décadas atrás, o Brasil tinha como uma das maiores preocupações criar um parque energético com capacidade suficiente para atender à crescente industrialização. Entre o final dos anos 1960 e meados dos anos 1970, o mercado nacional vivia uma época de crescimento econômico vertiginoso, impulsionado por uma oferta de dólares do capital internacional, que apostava em grandes projetos de infraestrutura com capacidade de se viabilizar. A usina de Itaipu, que o Brasil projetava construir com o Paraguai, se encaixava perfeitamente neste perfil de investimentos.
Depois de uma longa gestação, com muita negociação diplomática e garantia de caixa, a hidrelétrica binacional foi criada no dia 17 de maio de 1974. O local escolhido para a usina foi o Rio Paraná, na fronteira entre os dois países. Hoje, a usina continua vital para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, se mantém como líder mundial em geração de energia e referência em diversas ações, com desdobramentos para fora dos portões da empresa.
Em 2003, a missão da empresa foi ampliada para além da geração de energia, com a atenção voltada também para o desenvolvimento territorial local, com ações mais amplas para os cuidados com a água do reservatório e de todo o seu entorno, investimentos em pesquisa e tecnologia, inclusive em energias alternativas, incentivo permanente ao turismo e ações de caráter social, como o combate à exploração sexual infantil e a promoção da cultura de gênero.
As parcerias foram reforçadas com o governo federal e instituições locais, nacionais e internacionais, além da própria comunidade, que passou a ter um papel protagonista nesse trabalho.
Na história
Para entender a importância de Itaipu, é necessário fazer uma breve retrospectiva histórica. Na época em a que usina foi criada, o setor elétrico brasileiro era um grande gargalo para o desenvolvimento do País. O crescimento da capacidade instalada, naquele período, demonstra o grande esforço que foi feito para atender à demanda. Em 1950, a capacidade instalada era de apenas 1.900 megawatts (MW); em 1960, de 4.800 MW; e, em 1970, de 11.460 MW. Isto é, a capacidade instalada mais que dobrava a cada década. Em 1980, ainda sem Itaipu, atingiu 31.300 MW, quase o triplo de dez anos antes.
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