A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou que a agencia reguladora está estudando a possibilidade de estender o prazo para os interessados enviarem contribuições na consulta pública da minuta do edital do primeiro leilão de área de pré-sal, no modelo de partilha. "Temos que medir a consequência disso mais à frente". Ela lembrou que a extensão desse prazo implicaria em um período menor para os técnicos da agência responderem a todos os questionamentos da indústria.
A executiva participou de uma coletiva de imprensa, realizada nesta sexta-feira (12), que tratou, principalmente, do leilão, marcado para o dia 21 de outubro, no Windsor Barra, no Rio de Janeiro.
Segundo Chambriard, o pré-sal de Libra será desenvolvido em módulos, com plataformas similares ao que será desenvolvido em toda a área de Cessão Onerosa. "Ou seja, a área poderá ser desenvolvida com um número entre 12 e 18 plataformas. Cada sistema de produção deverá ter de 8 a10 poços perfurados no mínimo". A ANP considera que as unidades cheguem a 150 mil barris de petróleo por dia, e que o pico de produção chegará, no mínimo, a 1 milhão de barris de petróleo por dia.
"Esse número depende do desenvolvimento do campo. Essa previsão é feita baseada no projeto básico da Agência", afirma Magda Chambriard, acrescentando que as premissas da agência reguladoram levam em conta o primeiro óleo da fase de produção a partir do 5º ano do contrato.
Quando questionada sobre o investimento necessário para o campo, Magda preferiu exemplificar o possível valor de um poço no pré-sal. "Um poço perfurado no pré-sal pode custar US$100 milhões. Isso depois de uma curva de aprendizado", afirmou, dizendo que o que a ANP quer é um projeto otimizado das empresas, para que o valor para a sociedade se maximize.