Motor a gás produzirá mai de 100 MW.
Redação
A Wärtsilä concluiu os testes de plena carga nos motores bicombustíveis 50DF que alimentarão a plataforma P-63, da Petrobras. Construída para operar no campo Papa Terra, essa será a primeira plataforma FPSO a utilizar motores a gás para produzir energia superior a 100 MW.
Além do gás natural, os motores desse tipo também podem funcionar com óleo cru tratado ou óleo diesel marinho, o que permite uma notável redução dos custos operacionais.
Para Magnus Miemois, vice-presidente da Wärtsilä Ship Power, a flexibilidade dos motores bicombustíveis garante mais do que economia, a redução de impactos ambientais: “o uso deste eficiente motor operando com gás é capaz de reduzir as emissões de CO2 em até 93 mil toneladas por ano”, explica.
O projeto contratado pelo grupo brasileiro QUIP prevê o fornecimento de três módulos geradores, cada um composto por dois motores Wärtsilä 50DF de 18 cilindros com configuração em V, além de alternadores e todo o equipamento auxiliar necessário, assim como os serviços de comissionamento, partida e supervisão operacional. Os testes foram realizados no estaleiro Cosco em Dalian, na China.
Projeto Papa Terra
Situado a 110 quilômetros da costa brasileira, em lâmina d’água de aproximadamente 1.190 metros, Papa-Terra é um projeto de desenvolvimento subsea de óleo pesado localizado no Bloco BC-20. O campo contará com a primeira plataforma do tipo TLWP (Tension-Leg Wellhead Platform) a ser utilizada no Brasil, que será conectado a uma Unidade Flutuante de Produção, Estocagem e Transferência (FPSO).
A decisão de adotar uma plataforma do tipo TLWP se deve à presença na região de um óleo muito viscoso e da baixa temperatura. A TLWP ajudará a instalar e manter as bombas elétricas submersíveis de alta potência necessárias para produzir o óleo, além de contribuir para manter o óleo na temperatura desejada.
A capacidade diária planejada do campo é de até 140 mil barris de óleo cru provenientes de 20 poços, sendo 13 do TLWP e 7 do FPSO.
A Petrobras é operadora do campo, como 62,5%, tendo como sócia a Chevron, com 37,5%.
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