Energia Eólica

Ventos a favor na produção de energia eólica no Brasil

Blasting News Brasil - 29/02/2016
29/02/2016 15:23
Visualizações: 912 (0) (0) (0) (0)

A matriz energética do Brasil vem apresentando diversificação em sua produção nos últimos anos e a boa notícia é a de que a energia produzida pelos ventos contribui com essa variedade.

Em tempos de busca por “energia limpa”, ou seja, aquela que não depende de combustíveis fósseis para ser gerada e, por conseqüência não poluir o meio ambiente, o Brasil pode sim se orgulhar de que é um privilegiado nessa parte, se tivermos de fazer comparações com outros países.

O domínio permanece nas mãos das usinas hidrelétricas que, por sua vez, respondem por 66% da capacidade instalada em 2015. Um pequeno declínio; há poucos anos esse percentual beirava os 80%, de acordo com os dados do Ministério de Minas e Energia.

Em segundo lugar, vêm as térmicas com a fatia de 29,7% do total, um número relevante e conquistado mais pelas irregularidades das chuvas e a presença da estiagem em boa parte do território. Porém, a energia térmica é, de longe, bem poluente. É desfavorecida por requerer o uso de carvão e do óleo em sua produção energética.

Enquanto isso, outras energias alternativas andam ganhando espaço para crescer no Brasil. Uma delas é a energiaproduzida pela força dos ventos, ou energia eólica. Não é nenhuma novidade que temos um grande potencial para explorar bem e muito esse tipo de geração energética. O que se depende é sua utilização em grande escala; e para se chegar a isso, é necessária a viabilização de projetos e obras de infraestrutura.

Os números vão de vento em popa: em 2014, nós ficamos em terceiro lugar quanto ao quesito crescimento de mercado. Atrás da Índia e dos Estados Unidos. A capacidade total instalada chegou aos 4.945 megawatts, o que, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é um impulso para oferecer energia em operação comercial. Dentro do setor eólico, havia 90 usinas em 2013. Em 2015, houve um salto para 195 usinas. Um acréscimo estimado em 117%.

A representatividade da energia eólica na matriz energética ainda é pequena: 3,7% da capacidade instalada. Segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), espera-se alcançar o número de 8% até 2018.

Se tudo sopra a favor, há também ventos contrários: um deles seria a falta de infraestrutura para transmitir aenergia produzida. O Ministério de Minas e Energia estima investimentos de R$ 6 bilhões para construir 4090 km de linhas que interligariam os estados de Goiás, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. E outros R$ 600 milhões para construir 1200 km de redes dentro da região Nordeste.

Por que isso é necessário? Para alcançar os potenciais centros consumidores de energia como as Regiões Sul e Sudeste, viabilizando a opção pela energia dos ventos.

Até o final de 2015, foram contratadas três novas usinas na Bahia e há mais 19 projetos de usinas previstas para serem implantadas. Todas no Nordeste. Aliás, essa região é a mais pródiga nesse tipo de energia e os estados com maior potencial de produção são a Bahia e o litoral que vai do Rio Grande do Norte até o Maranhão. Os ventos são bem freqüentes e intensos. Perfeito para a criação de parques eólicos.

O cenário apontado pela EPE indica que, até 2023, as usinas gerarão 22,4 mil megawatts, aumentando a participação naquele famoso gráfico do tipo “pizza”: a atual e pequena fatia ficaria mais larga. Chegaria a 11,5% da capacidade instalada nacional.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Combustíveis
ANP participa da operação Carbono Oculto, para coibir ir...
28/08/25
IBP
Posicionamento - Operações representam passo fundamental...
28/08/25
Subsea
OneSubsea entrega primeira árvore de natal molhada de Bú...
28/08/25
Offshore
MODEC firma parceria para desenvolver tecnologia inédita...
28/08/25
Energia Elétrica
Bandeira vermelha eleva custo da energia, mas associados...
27/08/25
Rio Pipeline & Logistics 2025
IBP debate investimentos em infraestrutura e logística n...
27/08/25
ANP
Segunda etapa de audiência pública debate classificação ...
27/08/25
IBP
RELIVRE reafirma a competência federal referente à ativi...
27/08/25
Royalties
Valores referentes à produção de junho para contratos de...
27/08/25
ANP
Pesquisa, desenvolvimento e inovação: ANP atualiza Paine...
27/08/25
Seminário
PPSA abre inscrições para Seminário de Lançamento do Lei...
27/08/25
IBP
Carta Aberta em apoio à ANP na classificação de gasoduto...
27/08/25
Logística
Vast Infraestrutura inicia construção do parque de tanca...
26/08/25
Biodiesel
Rumo a uma navegação mais sustentável, Citrosuco inicia ...
26/08/25
ANP
Oferta Permanente de Concessão: resultado parcial do 5º ...
26/08/25
PD&I
Projeto Embrapii transforma algas de usinas hidrelétrica...
26/08/25
PPSA
Leilão de Áreas Não Contratadas será realizado em dezembro
26/08/25
IBP
Desafio iUP Innovation Connections inicia etapa de capac...
25/08/25
Transição Energética
Fórum Nordeste 2025 discute energias renováveis, sustent...
25/08/25
Margem Equatorial
10 perguntas e respostas sobre a Avaliação Pré-Operacion...
25/08/25
Internacional
UNICA participa de encontro internacional na Coreia de S...
25/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23