Vencedor de leilão de petróleo terá que explorar gás não convencional
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Petróleo e gás
TER, 04 DE JUNHO DE 2013 08:07
O governo brasileiro vai exigir que todas as concessionárias que ganharem blocos de exploração de petróleo e gás em terra avancem em suas perfurações até regiões mais profundas, onde deverão mapear e explorar o gás não convencional. Isso significa que as empresas terão que atravessar os reservatórios onde o gás ou o petróleo estão concentrados — áreas tradicionalmente procuradas e concedidas — e chegar até a área de folhelho, com perfurações mais agressivas no local onde são formados os hidrocarbonetos, para extrair o máximo possível dos poços instalados.
Segundo Marco Antonio Almeida, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, o atual preço do petróleo e do gás no mercado internacional torna atrativa a exploração do gás não convencional, conhecido também como gás de xisto, além do tradicional.
Esse shale gas, como é conhecido em inglês, revolucionou a indústria dos EUA nos últimos anos pelos preços baixos e oferta abundante. Mas Almeida alerta que o preço do gás aqui não será tão baixo quanto nos EUA, onde políticas específicas que impedem a exportação do produto seguraram os preços.
— É mais caro produzir o não convencional do que o convencional, mas o preço do mercado internacional está muito mais alto do que o custo de extração — disse Almeida. — Enquanto não tivermos volume, não teremos a mesma condição de preço (dos Estados Unidos). A curto e médio prazos, não devemos esperar preços tão baixos no Brasil.
Bacia do Paraná deverá ser incluída
O governo deve incluir nos leilões previstos para este ano a bacia do Rio Paraná, que se estende do Mato Grosso até o Rio Grande do Sul e onde se prevê enormes reservas de gás não convencional. Estima-se que só esta bacia tenha capacidade para multiplicar em muitas vezes o volume de reservas comprovadas de gás no Brasil, atualmente em 459,4 bilhões de metros cúbicos.
Com a exigência para que os vencedores dos leilões cheguem às camadas de folhelho, o governo espera conseguir mapear as reservas do gás não convencional, até então pouco conhecido ou identificado apenas por autoridades dos EUA. Essas informações obtidas pelas empresas devem ser entregues ao governo, afirmou o secretário.
Em apresentação sobre os conceitos do gás não convencional, Almeida informou ainda que o governo brasileiro trabalha para unificar o licenciamento ambiental desses poços, uma vez que, nos EUA e em outras partes do mundo, a técnica que exige inserção de químicos e explosivos no subsolo para criação de fraturas subterrâneas suscita críticas de ambientalistas.
No Reino Unido, exploração proibida
A Inglaterra chegou a vetar a exploração do gás não convencional, depois de denúncias terem ligado dois abalos sísmicos à perfuração feita para se chegar ao produto. Atualmente, a exploração de petróleo e gás em terra no Brasil tem seu processo licenciado por entidades estaduais, em vez do Ibama. Segundo Almeida, uma nova regulação alterará isso nos próximos dias, centralizando na esfera federal a avaliação sobre o desenvolvimento da produção dos poços.
— Temos de ter responsabilidade, mas não é um bicho de sete cabeças. Temos tecnologia e profissionais para fazer isso — afirmou Almeida.
O governo brasileiro vai exigir que todas as concessionárias que ganharem blocos de exploração de petróleo e gás em terra avancem em suas perfurações até regiões mais profundas, onde deverão mapear e explorar o gás não convencional. Isso significa que as empresas terão que atravessar os reservatórios onde o gás ou o petróleo estão concentrados — áreas tradicionalmente procuradas e concedidas — e chegar até a área de folhelho, com perfurações mais agressivas no local onde são formados os hidrocarbonetos, para extrair o máximo possível dos poços instalados.
Segundo Marco Antonio Almeida, secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis (SPG) do Ministério de Minas e Energia (MME), o atual preço do petróleo e do gás no mercado internacional torna atrativa a exploração do gás não convencional, conhecido também como gás de xisto, além do tradicional.
Esse shale gas, como é conhecido em inglês, revolucionou a indústria dos EUA nos últimos anos pelos preços baixos e oferta abundante. Mas Almeida alerta que o preço do gás aqui não será tão baixo quanto nos EUA, onde políticas específicas que impedem a exportação do produto seguraram os preços.
"É mais caro produzir o não convencional do que o convencional, mas o preço do mercado internacional está muito mais alto do que o custo de extração", disse Almeida. "Enquanto não tivermos volume, não teremos a mesma condição de preço (dos Estados Unidos). A curto e médio prazos, não devemos esperar preços tão baixos no Brasil".
Bacia do Paraná deverá ser incluída
O governo deve incluir nos leilões previstos para este ano a bacia do Rio Paraná, que se estende do Mato Grosso até o Rio Grande do Sul e onde se prevê enormes reservas de gás não convencional. Estima-se que só esta bacia tenha capacidade para multiplicar em muitas vezes o volume de reservas comprovadas de gás no Brasil, atualmente em 459,4 bilhões de metros cúbicos.
Com a exigência para que os vencedores dos leilões cheguem às camadas de folhelho, o governo espera conseguir mapear as reservas do gás não convencional, até então pouco conhecido ou identificado apenas por autoridades dos EUA. Essas informações obtidas pelas empresas devem ser entregues ao governo, afirmou o secretário.
Em apresentação sobre os conceitos do gás não convencional, Almeida informou ainda que o governo brasileiro trabalha para unificar o licenciamento ambiental desses poços, uma vez que, nos EUA e em outras partes do mundo, a técnica que exige inserção de químicos e explosivos no subsolo para criação de fraturas subterrâneas suscita críticas de ambientalistas.
No Reino Unido, exploração proibida
A Inglaterra chegou a vetar a exploração do gás não convencional, depois de denúncias terem ligado dois abalos sísmicos à perfuração feita para se chegar ao produto. Atualmente, a exploração de petróleo e gás em terra no Brasil tem seu processo licenciado por entidades estaduais, em vez do Ibama. Segundo Almeida, uma nova regulação alterará isso nos próximos dias, centralizando na esfera federal a avaliação sobre o desenvolvimento da produção dos poços.
"Temos de ter responsabilidade, mas não é um bicho de sete cabeças. Temos tecnologia e profissionais para fazer isso", afirmou Almeida.