Investigação

Vazamento de petróleo na China foi causado pelo mal uso de um catalisador

A explosão que deixou uma maré negra de 100 toneladas de petróleo no porto de Dalian, ao nordeste da China, foi causada pelo uso inadequado de um catalisador que acelerava a vazão de petróleo nos oleodutos. A conclusão da investigação feita pela Administração Estatal de Segurança no Traba

Redação/ Agências
23/07/2010 14:05
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A explosão que deixou uma maré negra de 100 toneladas de petróleo no porto de Dalian, ao nordeste da China, foi causada pelo uso inadequado de um catalisador que acelerava a vazão de petróleo nos oleodutos. A conclusão da investigação feita pela Administração Estatal de Segurança no Trabalho e o Ministério da Segurança Pública sobre a explosão que aconteceu no último dia 16 foi divulgada hoje pelo Governo chinês, via internet.


A injeção exagerada de desulfurizador, um agente químico utilizado como catalisador para que o petróleo seja descarregado em uma velocidade maior, causou a primeira explosão em um dos oleodutos, de 0,9 metros de diâmetro.


As chamas do incêndio, então, se alastraram para outro encanamento, que corria em paralelo, como confirma o comunicado.


O oleoduto recebeu 88 metros cúbicos de desulfurizador pouco de um petroleiro singapuriano com bandeira liberiana, o "Cosmic Jewel", terminar de descarregar 300 mil toneladas de petróleo pesado - em sua maioria venezuelano - nos armazéns do porto de mercadorias de Xingang, em Dalian.
 

A investigação também revela erros no sistema anti-incêndio, que não fechou as válvulas de emergência do oleoduto após a explosão.


Segundo a lei local, a responsável por manter a segurança do equipamento é a proprietária do oleoduto e das instalações, a PetroChina, filial da estatal China National Petroleum Corporation (CNPC).


No entanto, o relatório informa que a empresa estatal havia contratado os serviços da companhia xangaiense Q.PRO Technical Service Co., e que o catalisador, produzido pela firma Hishengda Petroleum Technology Co, era muito oxidante.


O petroleiro singapuriano foi detido no porto pelo Governo.


Sete dias depois do acidente, o porto de Xingang restabeleceu parcialmente a descarga do petróleo, mas as autoridades continuam limpando a maré negra, que já se alastrou 430 quilômetros quadrados no oceano.

A população ribeirinha teme que as fazendas agrícolas do litoral sejam afetadas pelo acidente, já que várias praias estão interditadas.


Cerca de 800 navios trabalham na retirada do petróleo e 40 estações controlam a evolução nos 1,5 mil quilômetros quadrados da zona marítima da costa de Dalian.


Na operação, os trabalhadores e bombeiros responsáveis por limpar o acidente têm enfrentado fortes rajadas de vento e de chuva, que tem provocado a dispersão do petróleo no local.


Dalian é uma grande cidade litorânea no nordeste da China, com mais de 6 milhões de habitantes, e conta com o segundo maior porto de mercadorias do gigante asiático.

 
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