Negócios

Vale terá empresa no Pecém

Segundo o presidente da Emazp - empresa que administra a ZPE do Pecém -, Eduardo Macêdo, a nova usina irá receber minérios extraídos pela Vale em outros estados e atuará no beneficiamento (principalmente na etapa conhecida como "blendagem") do produ

Diário do Nordeste
14/12/2012 10:36
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A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém passará a abrigar um novo empreendimento a partir do próximo ano. Na última quarta-feira (12), o Conselho Nacional das ZPEs aprovou, para essa área, o projeto industrial da usina Vale Pecém, de propriedade da Vale.

Prevista para ter as obras iniciadas no próximo semestre, a unidade será responsável por fornecer à Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) o minério a ser utilizado durante sua operação.

Segundo o presidente da Emazp - empresa que administra a ZPE do Pecém -, Eduardo Macêdo, a nova usina irá receber minérios extraídos pela Vale em outros estados e atuará no beneficiamento (principalmente na etapa conhecida como "blendagem") do produto. Após esse processo, o minério será fornecido à CSP. Ao todo, a unidade poderá fornecer 5 milhões de toneladas de minério a cada ano.


Exclusividade

O presidente salienta que toda a produção da nova unidade será voltada exclusivamente para a CSP, que, por sua vez, só comprará minério beneficiado da Vale Pecém. A Vale é uma das sócias da CSP, com 50% de participação nas ações da siderúrgica.

A expectativa, informa Macêdo, é que a construção tenha início no próximo semestre. Já a operação, que irá demandar cerca de 180 empregos diretos, está prevista para o segundo semestre de 2015. O investimento da Vale na nova unidade, acrescenta, é de US$ 98 milhões. A Vale Pecém, informa, irá ocupar um espaço de aproximadamente 14 hectares na ZPE.

As empresas instaladas nas ZPEs têm de destinar 80% da produção para outros países. Macêdo explica que não há impedimento, todavia, para a relação entre a CSP e a Vale Pecém, uma vez que ambas estão localizadas na área da ZPE do Pecém.

O presidente destaca que, entre os pontos que pesaram na decisão de instalar a unidade, estão a proximidade com o Porto do Pecém e os incentivos tributários da ZPE. Ele frisa ainda que a ZPE do Pecém abrigará uma das maiores mineradoras do mundo e é a zona desse tipo que se encontra em estágio mais avançado no País. "Nós estamos fazendo história. Esse é mais um passo para o futuro do nosso estado".


Equipamento da CSP espera

Antes previsto para o próximo sábado, o alfandegamento da ZPE do Pecém deverá se dar em nova data, mas a expectativa da Emazp - empresa que administra a área - é que o processo seja concluído ainda neste mês, antes do recesso de fim de ano.

Somente após a conclusão do alfandegamento serão enviados à ZPE os equipamentos comprados pela CSP com benefícios fiscais. A previsão é que o navio que irá transportar os equipamentos parta da Coreia logo após o alfandegamento, demorando cerca de 30 dias para chegar ao Ceará.

Ainda neste mês, técnicos da Receita Federal visitam a área da ZPE do Pecém. Segundo o presidente da Emazp, Eduardo Macêdo, 99% da análise da documentação necessária ao alfandegamento já foi concluída, enquanto a parte ligada aos sistemas e à estrutura da ZPE está 95% finalizada. "Esperamos que até o recesso esteja tudo finalizado e seja emitido o ADE (Ato Declaratório Executivo). A Receita tem mostrado muita boa vontade, mas entendemos que ela também não pode ser flexível", afirma o presidente. O ADE é o documento que irá oficializar o alfandegamento.

Além de aprovar, na última quarta-feira, o projeto industrial da Vale Pecém, o Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) também aprovou a instalação de empreendimentos na ZPE do Acre e na de Parnaíba, no Piauí.

Para Macêdo, o desenvolvimento de novas zonas desse tipo não chega a representar algum tipo de concorrência à ZPE do Pecém, já que cada área possui vocações e particularidades únicas. "Existe uma só bandeira das ZPEs, que é a brasileira. Agora, cada uma tem as suas características", frisa, destacando que a ZPE do Pecém poderá se destacar como uma área que concentre indústrias de base.
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