Minério de Ferro

Vale, Rio Tinto e BHP vão manter domínio no longo prazo

É o que diz estudo recente do BNDES.

Valor Econômico
12/05/2014 15:00
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Três empresas, a brasileira Vale e as anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton, devem continuar a concentrar grande parte da produção mundial de minério de ferro a longo prazo, segundo estudo recente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As três mineradoras respondiam por cerca de 50% da capacidade mundial do produto em 2012, segundo dados compilados pelo banco. E, levando-se em conta os projetos de expansão já anunciados, as três "gigantes" devem continuar a dominar o mercado.
Uma quarta empresa, a também australiana Fortescue Metals Group, poderá no entanto vir a se juntar às três líderes, indica o estudo do BNDES, que traça um panorama sobre a indústria de minério de ferro no Brasil e no mundo.
"Essa nova entrante [Fortescue] tem sua produção concentrada na Austrália e, desde sua estreia no mercado, em 2008, atua de forma agressiva", diz trecho do trabalho do banco de fomento.
Em seu site, a Fortescue se autodefine como "a nova força no minério de ferro". A companhia australiana atingiu, em março, a meta de expansão de 155 milhões de toneladas por ano. O projeto demandou investimentos de US$ 9,2 bilhões. Situada na região de Pilbara, no noroeste da Austrália, a companhia registra um histórico de rápido crescimento. Foi fundada em 2003, produziu o primeiro minério em 2008 e, entre 2011 e 2013, atingiu expansão de 100 milhões de toneladas.
No estudo do BNDES, a Fortescue aparece em quinto lugar no ranking das maiores mineradoras do mundo com base em dados de 2012. Na relação, a Vale surge em primeiro lugar, seguida de Rio Tinto, BHP Billiton, ArcelorMittal, Fortescue, AnBen, da China; Anglo American, anglo-sula-fricana; Metalloinvest e Evrazholding, ambas da Rússia; e LKAB, da Suécia, para ficar nas dez primeiras da lista.
Em 2019, segundo a pesquisa, as três primeiras posições vão se manter inalteradas. A Vale, por exemplo, prevê elevar a oferta do produto para 321 milhões de toneladas em 2014, incluindo compras de terceiros, e deve chegar a 2018 com 453 milhões de toneladas, segundo projeções próprias. Mas, nesse período, a Fortescue poderia ultrapassar a ArcelorMittal, à quarta posição, diz o estudo.
Conforme o banco, a Fortescue poderá influenciar o comportamento do mercado, sobretudo pelo fato de seu crescimento estar vinculado a diversos acordos com a China. Na resposta ao 'Valor', a Fortescue afirmou, porém, que o foco da empresa é manter uma produção sustentável no nível atual (155 milhões de toneladas), reduzindo a dívida e pagando dividendos aos acionistas.
O crescimento da entrante australiana ocorre em um momento delicado para a indústria de minério de ferro, com preços em baixa e aumento da oferta do produto acima da demanda. "Estamos em um dos momentos mais difíceis do mercado na minha visão", disse o diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins, em recente teleconferência.
Apesar das dificuldades do mercado, Martins mostrou otimismo pelo fato de a Vale ter custo para competir mesmo com níveis inferiores de preço do minério e também porque dispõe de projetos que estão iniciando produção.
Martins afirmou que tem havido uma oferta grande de minério chegando ao mercado. "Por outro lado, a demanda não tem crescido na velocidade que esperávamos, e isso gerou um desbalanceamento nos preços", analisou o executivo. Ele destacou, todavia, que o nível atual de preços é rentável para a Vale e disse não acreditar que os preços fiquem abaixo de US$ 110 em uma base sustentável.
Uma melhora nos preços poderá, inclusive, ocorrer no segundo semestre, dependendo da recuperação da economia europeia e caso a China ultrapasse o período de política monetária mais rígida, afirmou o executivo.
O nível atual de preços, embora satisfatório para as mineradoras de baixo custo de produção como a Vale, é bem inferior aos de 2010 e 2011. O estudo do BNDES lembra que, naquela ocasião, a produção de minério de ferro expandiu-se rapidamente, reagindo aos altos preços: atingiram US$ 188 a tonelada em abril e setembro de 2011.

Três empresas, a brasileira Vale e as anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton, devem continuar a concentrar grande parte da produção mundial de minério de ferro a longo prazo, segundo estudo recente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As três mineradoras respondiam por cerca de 50% da capacidade mundial do produto em 2012, segundo dados compilados pelo banco. E, levando-se em conta os projetos de expansão já anunciados, as três "gigantes" devem continuar a dominar o mercado.

Uma quarta empresa, a também australiana Fortescue Metals Group, poderá no entanto vir a se juntar às três líderes, indica o estudo do BNDES, que traça um panorama sobre a indústria de minério de ferro no Brasil e no mundo.

"Essa nova entrante [Fortescue] tem sua produção concentrada na Austrália e, desde sua estreia no mercado, em 2008, atua de forma agressiva", diz trecho do trabalho do banco de fomento.

Em seu site, a Fortescue se autodefine como "a nova força no minério de ferro". A companhia australiana atingiu, em março, a meta de expansão de 155 milhões de toneladas por ano. O projeto demandou investimentos de US$ 9,2 bilhões. Situada na região de Pilbara, no noroeste da Austrália, a companhia registra um histórico de rápido crescimento. Foi fundada em 2003, produziu o primeiro minério em 2008 e, entre 2011 e 2013, atingiu expansão de 100 milhões de toneladas.

No estudo do BNDES, a Fortescue aparece em quinto lugar no ranking das maiores mineradoras do mundo com base em dados de 2012. Na relação, a Vale surge em primeiro lugar, seguida de Rio Tinto, BHP Billiton, ArcelorMittal, Fortescue, AnBen, da China; Anglo American, anglo-sula-fricana; Metalloinvest e Evrazholding, ambas da Rússia; e LKAB, da Suécia, para ficar nas dez primeiras da lista.

Em 2019, segundo a pesquisa, as três primeiras posições vão se manter inalteradas. A Vale, por exemplo, prevê elevar a oferta do produto para 321 milhões de toneladas em 2014, incluindo compras de terceiros, e deve chegar a 2018 com 453 milhões de toneladas, segundo projeções próprias. Mas, nesse período, a Fortescue poderia ultrapassar a ArcelorMittal, à quarta posição, diz o estudo.

Conforme o banco, a Fortescue poderá influenciar o comportamento do mercado, sobretudo pelo fato de seu crescimento estar vinculado a diversos acordos com a China. Na resposta ao 'Valor', a Fortescue afirmou, porém, que o foco da empresa é manter uma produção sustentável no nível atual (155 milhões de toneladas), reduzindo a dívida e pagando dividendos aos acionistas.

O crescimento da entrante australiana ocorre em um momento delicado para a indústria de minério de ferro, com preços em baixa e aumento da oferta do produto acima da demanda. "Estamos em um dos momentos mais difíceis do mercado na minha visão", disse o diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins, em recente teleconferência.

Apesar das dificuldades do mercado, Martins mostrou otimismo pelo fato de a Vale ter custo para competir mesmo com níveis inferiores de preço do minério e também porque dispõe de projetos que estão iniciando produção.

Martins afirmou que tem havido uma oferta grande de minério chegando ao mercado. "Por outro lado, a demanda não tem crescido na velocidade que esperávamos, e isso gerou um desbalanceamento nos preços", analisou o executivo. Ele destacou, todavia, que o nível atual de preços é rentável para a Vale e disse não acreditar que os preços fiquem abaixo de US$ 110 em uma base sustentável.

Uma melhora nos preços poderá, inclusive, ocorrer no segundo semestre, dependendo da recuperação da economia europeia e caso a China ultrapasse o período de política monetária mais rígida, afirmou o executivo.

O nível atual de preços, embora satisfatório para as mineradoras de baixo custo de produção como a Vale, é bem inferior aos de 2010 e 2011. O estudo do BNDES lembra que, naquela ocasião, a produção de minério de ferro expandiu-se rapidamente, reagindo aos altos preços: atingiram US$ 188 a tonelada em abril e setembro de 2011.

 

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