Negócios

Vale investirá R$ 7 bi em terminal portuário

Empreendimento deve ficar pronto em 2017.

Agência Estado
08/04/2014 19:17
Visualizações: 379 (0) (0) (0) (0)

 

Do avião, na chegada à capital maranhense, já é possível ver a mega estrutura que avança pela Baía de São Marcos. É o Píer IV do Terminal de Ponta da Madeira, da Vale. Com 1,6 mil metro, é apenas uma pequena amostra do terminal que pertence à mineradora brasileira e ocupa uma área de 18,3 quilômetros quadrados. A construção do quarto píer é um dos projetos no orçamento de R$ 7 bilhões da companhia para logística portuária até 2017.
O montante equivale a 38% do que foi investido pela iniciativa privada no setor portuário brasileiro entre 2005 e 2012, segundo dados da Inter.B Consultoria. Desde 2010, a Vale executou R$ 1,5 bilhão desse total. Portanto, o maior esforço será concentrado entre 2014 e 2017.
Determinada a retomar o crescimento de sua produção de minério de ferro e priorizar megaprojetos como Serra Sul, em Carajás, a Vale prepara seus portos para escoar os novos volumes. A logística portuária é peça fundamental no desafio do grupo por competitividade no mercado externo, em especial na Ásia. Geograficamente, ela está em desvantagem frente às rivais australianas, que chegam à China em 15 dias. Os navios brasileiros precisam de 45. A meta é compensar isso com produtividade e minério de alta qualidade.
O plano estratégico dos terminais começou a ser desenhado em 2007. “Era preciso modernizar nossos portos, que estavam virando quarentões”, diz Fábio Brasileiro, diretor de planejamento e desenvolvimento de logística da Vale. Após os aportes, a capacidade de embarque de minério de ferro da Vale crescerá quase 40%. “O objetivo é garantir que a capacidade logística esteja sempre à frente da produção.” Iniciados em 2010, os investimentos englobam de revitalização elétrica a adoção de simuladores de empilhadeiras.
O Terminal de Ponta da Madeira receberá R$ 4,8 bilhões (70% dos R$ 7 bilhões). De lá, é embarcado o minério produzido em Carajás, onde está o maior projeto de expansão da história da Vale, o Serra Sul. Orçado em US$ 19,6 bilhões, elevará em 90 milhões de toneladas de minério ao ano a capacidade de produção da empresa: é atingir em cinco anos um patamar de produção que a Vale levou três décadas para conquistar.
Logística
A capacitação logística do Serra Sul consumirá US$ 11,6 bilhões, mais que o desenvolvimento da mina e da planta de processamento. O projeto engloba a construção de 570 km na Estrada de Ferro Carajás e a expansão de Ponta da Madeira, inaugurado em 1986.
As obras começaram em 2010 com a construção do Píer IV. A primeira etapa terminou em agosto, quando o berço sul começou a operar. Mais moderna que seus pares, essa área do Píer IV recebe os Valemax, navios desenvolvidos pela Vale, capazes de transportar 400 mil toneladas de minério de ferro.
Eles operam no sistema “single-pass”, enchendo um porão de uma só vez, sem a necessidade de movimentar o carregador de navios. “A nova tecnologia já permitiu um ganho de 15% no tempo de carregamento dos navios e isso vai aumentar”, diz Cláudio Mendes, diretor de Operações Porto Norte da Vale.
Em janeiro, a companhia iniciou a construção do segundo berço, o Píer IV Norte. Quando ficar pronto, a Vale poderá receber cinco navios ao mesmo tempo em Ponta da Madeira - três Valemax. A meta é manter a situação atual de estoque zero.
À medida em que o Sistema Norte ganhar corpo com Serra Sul crescerá a relevância de Ponta da Madeira. A ideia é que as intervenções no Píer IV e a renovação das áreas antigas terminem no segundo semestre de 2017. O terminal passará a receber até 30 trens/dia, um salto de três vezes, e escoará dois terços da produção da Vale, superando Tubarão (ES) e os portos do Rio, com os quais hoje divide embarques igualmente.

Do avião, na chegada à capital maranhense, já é possível ver a mega estrutura que avança pela Baía de São Marcos. É o Píer IV do Terminal de Ponta da Madeira, da Vale. Com 1,6 mil metro, é apenas uma pequena amostra do terminal que pertence à mineradora brasileira e ocupa uma área de 18,3 quilômetros quadrados. A construção do quarto píer é um dos projetos no orçamento de R$ 7 bilhões da companhia para logística portuária até 2017.

O montante equivale a 38% do que foi investido pela iniciativa privada no setor portuário brasileiro entre 2005 e 2012, segundo dados da Inter.B Consultoria. Desde 2010, a Vale executou R$ 1,5 bilhão desse total. Portanto, o maior esforço será concentrado entre 2014 e 2017.

Determinada a retomar o crescimento de sua produção de minério de ferro e priorizar megaprojetos como Serra Sul, em Carajás, a Vale prepara seus portos para escoar os novos volumes. A logística portuária é peça fundamental no desafio do grupo por competitividade no mercado externo, em especial na Ásia. Geograficamente, ela está em desvantagem frente às rivais australianas, que chegam à China em 15 dias. Os navios brasileiros precisam de 45. A meta é compensar isso com produtividade e minério de alta qualidade.

O plano estratégico dos terminais começou a ser desenhado em 2007. “Era preciso modernizar nossos portos, que estavam virando quarentões”, diz Fábio Brasileiro, diretor de planejamento e desenvolvimento de logística da Vale. Após os aportes, a capacidade de embarque de minério de ferro da Vale crescerá quase 40%. “O objetivo é garantir que a capacidade logística esteja sempre à frente da produção.” Iniciados em 2010, os investimentos englobam de revitalização elétrica a adoção de simuladores de empilhadeiras.

O Terminal de Ponta da Madeira receberá R$ 4,8 bilhões (70% dos R$ 7 bilhões). De lá, é embarcado o minério produzido em Carajás, onde está o maior projeto de expansão da história da Vale, o Serra Sul. Orçado em US$ 19,6 bilhões, elevará em 90 milhões de toneladas de minério ao ano a capacidade de produção da empresa: é atingir em cinco anos um patamar de produção que a Vale levou três décadas para conquistar.


Logística

A capacitação logística do Serra Sul consumirá US$ 11,6 bilhões, mais que o desenvolvimento da mina e da planta de processamento. O projeto engloba a construção de 570 km na Estrada de Ferro Carajás e a expansão de Ponta da Madeira, inaugurado em 1986.

As obras começaram em 2010 com a construção do Píer IV. A primeira etapa terminou em agosto, quando o berço sul começou a operar. Mais moderna que seus pares, essa área do Píer IV recebe os Valemax, navios desenvolvidos pela Vale, capazes de transportar 400 mil toneladas de minério de ferro.Eles operam no sistema “single-pass”, enchendo um porão de uma só vez, sem a necessidade de movimentar o carregador de navios. “A nova tecnologia já permitiu um ganho de 15% no tempo de carregamento dos navios e isso vai aumentar”, diz Cláudio Mendes, diretor de Operações Porto Norte da Vale.Em janeiro, a companhia iniciou a construção do segundo berço, o Píer IV Norte. Quando ficar pronto, a Vale poderá receber cinco navios ao mesmo tempo em Ponta da Madeira - três Valemax. A meta é manter a situação atual de estoque zero.

À medida em que o Sistema Norte ganhar corpo com Serra Sul crescerá a relevância de Ponta da Madeira. A ideia é que as intervenções no Píer IV e a renovação das áreas antigas terminem no segundo semestre de 2017. O terminal passará a receber até 30 trens/dia, um salto de três vezes, e escoará dois terços da produção da Vale, superando Tubarão (ES) e os portos do Rio, com os quais hoje divide embarques igualmente.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Hidrogênio
ANP produz relatório sobre o marco legal do hidrogênio d...
06/09/24
ANP
Aprimoramento das resoluções sobre dados digitais de poç...
05/09/24
Onshore
ANP mantém entendimento sobre poços órfãos
05/09/24
ANP
Gás natural: revisão das especificações e controles de q...
05/09/24
ANP
Agenda regulatória 2025-2026 da ANP passará por consulta...
05/09/24
Gás Natural
NTS lança o ConnectGas
05/09/24
Oferta Permanente
Cresce 70% o número de blocos sob contrato na fase de ex...
05/09/24
Energia elétrica
ANEEL aciona bandeira vermelha patamar 1
05/09/24
Energia Elétrica
ANEEL aciona bandeira vermelha patamar 1
05/09/24
Apoio Marítimo
Camorim anuncia lançamento de nova embarcação Azimutal
05/09/24
Reconhecimento
Foresea conquista Selo Prata no GHG Protocol
04/09/24
Brasil/China
Investimentos chineses crescem 33% no Brasil em 2023, co...
04/09/24
Logística
Petrobras concentra operações aéreas para o campo de Búz...
04/09/24
Transição Energética
Governo do Paraná e Aneel abordam políticas públicas e t...
04/09/24
Aviação
ANP e ANAC firmam acordo de cooperação técnica sobre com...
04/09/24
Pessoas
Kedi Wang chega ao conselho de administração da CPFL Energia
04/09/24
Publicação
Certificação de hidrogênio verde é tema de livro publica...
03/09/24
MME
Comissão de Infraestrutura do Senado aprova a PL Combust...
03/09/24
Resultado
Em julho, o Brasil produziu 4,181 milhões boe/d, divulga ANP
03/09/24
Pessoas
Claudio Fontes Nunes é o novo diretor-executivo de E&P d...
03/09/24
Eólica Offshore
Falta de clareza dos critérios e da previsibilidade da a...
03/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.