Projeto

Vale investe em biodiesel para auto-consumo

A Vale anuncia projeto para produção de biodiesel para abastecer suas operações e projetos na região Norte do Brasil, a partir de 2014, utilizando óleo de palma como matéria-prima, que será produzida pelo consórcio entre Vale e Biopalma da Amazônia S.A. (Biopalma).

Redação/Assessoria
24/06/2009 11:14
Visualizações: 549

A Vale anuncia projeto para produção de biodiesel para abastecer suas operações e projetos na região Norte do Brasil, a partir de 2014, utilizando óleo de palma como matéria-prima, que será produzida pelo consórcio entre Vale e Biopalma da Amazônia S.A. (Biopalma).

 

A participação da Vale no consórcio que tem como meta produção anual de 500 mil toneladas de óleo de palma é de 41%. A parcela da Vale na produção de óleo de palma será empregada para abastecer a planta de biodiesel de sua propriedade, a qual terá capacidade estimada em 160 mil toneladas de biodiesel por ano.

 

Em 2008, o consumo de diesel da Vale na Região Norte foi de 336 milhões de litros, dos quais 7 milhões foram de biodiesel. Com o novo projeto, a empresa espera economizar até US$ 150 milhões por ano e deixar de emitir 12 milhões de toneladas de dióxido de carbono (um dos gases do efeito estufa), o equivalente à emissão de 200 mil carros.

 

Para o diretor executivo de Logística e Sustentabilidade da Vale, Eduardo Bartolomeo, o projeto é estratégico em um momento de crise econômica internacional. “É um tripé social, ambiental e econômico. Esse projeto mostra que, num momento de crise, em que todo mundo está cortando e priorizando, isso é estratégico para a nossa sustentabilidade”, disse.

 

O projeto espera gerar 6 mil empregos diretos e beneficiar 2 mil famílias de pequenos agricultores da região, uma vez que parte do plantio da palma será feito em terras da Biopalma Amazônia e parte em propriedades desses agricultores. 

 

O investimento total da Vale na participação no consórcio e na implantação da planta de biodiesel será de US$ 305 milhões, dos quais US$ 40 milhões serão desembolsados em 2009, dispêndio constante do orçamento de investimentos para 2009 anteriormente divulgado.

 

 

A produção de biodiesel será destinada ao consumo da mineradora, previsto no uso do combustível B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel comum) para abastecer a frota de locomotivas da Estrada de Ferro Carajás e máquinas e equipamentos de grande porte das minas de Carajás, no estado do Pará. Com esta iniciativa, a Vale se antecipará à regulamentação que prevê o uso de B20 em 2020.

 

Segundo a Vale, não haverá desmatamento da Floresta Amazônica e o plantio ocorrerá em áreas degradadas de cinco municípios: Moju, Tomé-Açu, Acará, Concórdia e Abaetetuba. Para a plantação da palma, serão destinados 60 mil hectares. Setenta mil hectares serão reflorestados.

 

“Essa região é caracterizada por coisas marcantes. Provavelmente é a área mais devastada da floresta úmida amazônica. É a região mais agredida e também a de maior densidade demográfica da Amazônia”, disse o diretor-presidente da Biopalma, Silvio Maia.

 

A palma, uma espécie de palmeira, foi escolhida para a produção de biodiesel por ser considerada mais viável do que a soja e a mamona, por exemplo. As seis usinas que produzirão o combustível terão equipamentos produzidos na Malásia, país do Sudeste Asiático com tradição na produção de óleo de palma.

 

Este projeto está em linha com a estratégia da Vale de diversificação e otimização de sua matriz energética através da maior utilização de carvão térmico, combustíveis renováveis e gás natural. Para as operações no Sul do Brasil, a Vale pretende usar gás natural. Por isso, está em teste um modelo de locomotiva que funciona à base de diesel com 50% a 70% de gás natural. Os testes começaram a ser feitos na Estrada de Ferro Vitória-Minas. A expectativa é que o novo biocombustível possa ser usado em escala comercial nos próximos anos. Também está em fase de estudos a produção de biodiesel a partir de pinhão-manso, em Minas Gerais.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
Royalties
Participação especial: valores referentes à produção do ...
14/11/25
COP30
Indústria brasileira de O&> atinge padrões de excelência...
14/11/25
Pré-Sal
União aumenta sua participação na Jazida Compartilhada d...
14/11/25
COP30
Líderes e negociadores da COP30 receberão cartas de 90 a...
13/11/25
Energia Elétrica
Projeto Meta II: CCEE e PSR apresentam proposta para mod...
13/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
13/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
13/11/25
COP30
ANP participa do evento e avança em medidas para a trans...
13/11/25
Nova marca
ABPIP moderniza identidade visual e reforça alinhamento ...
13/11/25
Firjan
Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do...
13/11/25
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.