A empresa que administra a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, informou hoje (15) que a desativação completa da central levará cerca de 40 anos. A direção da Tepco, que administra a unidade, explicou que há uma agenda para que a desativação ocorra. Em 11 de março deste ano, houve uma série de vazamentos e explosões na usina em decorrência de terremoto seguido de tsunami no Japão.
De acordo com a agenda definida pela Tepco, seguindo orientações da Comissão de Energia Atômica do Japão, o combustível nuclear utilizado nas piscinas dos reatores 1 a 4 começará a ser retirado nos próximos dois anos - um ano antes do previsto e será armazenado nas próprias instalações da central.
Já o combustível dos reatores 1, 2 e 3 será retirado em um prazo de 25 anos. Depois, será iniciado o trabalho de desativação das demais unidades - o que deverá ocorrer em 15 anos. A agenda, segundo especialistas, levou em consideração a possibilidade de os operários trabalharem em condições de elevada radioatividade.
Preocupadas com as ameaças radioativas, as autoridades japonesas mantêm em vigor a ordem de esvaziamento da área de 20 quilômetros em volta da usina. Cidades inteiras foram esvaziadas e as pessoas passaram a viver de forma provisória. O consumo dos produtos agrícolas e de origem animal da região de Fukushima foi proibido por medida de segurança.