Cana de Açúcar

Unica: receitas do setor sucroenergético estão estagnadas

Afirmação é da presidente da entidade, Elizabeth Farina.

Ascom Unica
04/10/2013 15:03
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A situação que atravessa o setor sucroenergético brasileiro exige medidas imediatas e, em alguns casos emergenciais. Segundo a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, o momento do setor é de receitas estagnadas em níveis abaixo dos observados dois anos atrás, com custos de produção crescendo nos últimos anos e com tendência de novas altas. A executiva participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético na quinta-feira (3), acompanhada de diretores, conselheiros e associados da entidade.
“Os números mostram uma situação que vem se agravando desde a crise financeira mundial de 2009, aprofundada por três safras consecutivas com graves problemas climáticos e queda de produção, além da ausência de políticas públicas de longo prazo que permitam ao setor planejar para sair da crise”, explicou Farina, que acredita que a Frente será um fundamental para acelerar a conscientização da opinião pública e dos governantes sobre as crescentes dificuldades.
A Frente é apoiada por produtores, fornecedores de cana, prestadores de serviço, parceiros e trabalhadores, além dos prefeitos de inúmeros municípios, todos diretamente impactados pela situação. Para a executiva, o aspecto que melhor reflete as dificuldades econômicas que o setor enfrenta é a ausência de investimentos em novas unidades produtivas.
“Em 2009 chegamos a inaugurar 30 usinas novas em um único ano. De 2002 a 2010 foram mais de 100 novas usinas. Hoje, não há uma única usina nova contratada ou em processo de contratação. Isto impacta não só as perspectivas de aproveitamento das oportunidades futuras como também prejudica toda a cadeia de fornecedores, principalmente os fornecedores de cana e a indústria de bens de capital, que já perdeu milhares de empregos”, frisou Farina.
Segundo a presidente da Unica, tudo isso está sendo agravado este ano pela ocorrência de geadas, e agora de chuvas que paralisam a colheita e a moagem, aumentando ainda mais os custos de produção. “Chuvas em excesso paralisam todo o trabalho. O clima úmido reduz o índice de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), o que impacta o volume de produtos finais que se pode extrair da cana”.
A chuva também estende a safra por mais tempo, acrescentando custos e reduzindo a qualidade da cana colhida, o que também impacta a quantidade de produtos finais. O prolongamento da safra encurta o período de manutenção industrial entre o fim de uma safra e o início da próxima, onerando o trabalho de manutenção devido ao prazo curto para a realização desse trabalho. “Essas pressões adicionais, na atual conjuntura, tornam a situação econômica do setor ainda mais preocupante,” afirmou Farina.
Segundo o diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, as projeções apontam para uma safra 8% maior este ano, mas a quantidade de produtos obtidos da cana colhida deve ser menor em 2 quilos por tonelada. “A produção de açúcar e etanol na atual safra deve crescer cerca de 6,5%, mas os custos de produção devem subir em média 10% por conta de dias parados devido à chuva, perdas por conta da geada e aumentos de custos de diversos insumos. Paradoxalmente, teremos uma safra maior e ao mesmo tempo deficitária”, explicou.
“Este é um setor com perspectivas muito positivas para o futuro, mas não será possível atender a essas expectativas com investimentos para ampliar a produção sem medidas essenciais, que precisam ser introduzidas o quanto antes”, frisou a presidente da Unica. Farina destacou os principais temas que vem sendo discutidos intensamente com diversos interlocutores da administração pública, em busca de soluções que, para muitas empresas, já são uma questão de sobrevivência.
“Os impactos positivos da produção e uso de etanol em larga escala no Brasil precisam ser reconhecidos, através de políticas públicas e tributos diferenciados a favor do combustível renovável e não dos combustíveis de origem fóssil. Igualmente fundamental é a definição da matriz energética brasileira, atribuindo pesos e prioridades claras e de longo prazo. Por fim, é essencial que se defina uma política de longo prazo para o preço da gasolina no país”, concluiu Farina.

A situação que atravessa o setor sucroenergético brasileiro exige medidas imediatas e, em alguns casos emergenciais. Segundo a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, o momento do setor é de receitas estagnadas em níveis abaixo dos observados dois anos atrás, com custos de produção crescendo nos últimos anos e com tendência de novas altas. A executiva participou do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético na quinta-feira (3), acompanhada de diretores, conselheiros e associados da entidade.

“Os números mostram uma situação que vem se agravando desde a crise financeira mundial de 2009, aprofundada por três safras consecutivas com graves problemas climáticos e queda de produção, além da ausência de políticas públicas de longo prazo que permitam ao setor planejar para sair da crise”, explicou Farina, que acredita que a Frente será um fundamental para acelerar a conscientização da opinião pública e dos governantes sobre as crescentes dificuldades.

A Frente é apoiada por produtores, fornecedores de cana, prestadores de serviço, parceiros e trabalhadores, além dos prefeitos de inúmeros municípios, todos diretamente impactados pela situação. Para a executiva, o aspecto que melhor reflete as dificuldades econômicas que o setor enfrenta é a ausência de investimentos em novas unidades produtivas.

“Em 2009 chegamos a inaugurar 30 usinas novas em um único ano. De 2002 a 2010 foram mais de 100 novas usinas. Hoje, não há uma única usina nova contratada ou em processo de contratação. Isto impacta não só as perspectivas de aproveitamento das oportunidades futuras como também prejudica toda a cadeia de fornecedores, principalmente os fornecedores de cana e a indústria de bens de capital, que já perdeu milhares de empregos”, frisou Farina.

Segundo a presidente da Unica, tudo isso está sendo agravado este ano pela ocorrência de geadas, e agora de chuvas que paralisam a colheita e a moagem, aumentando ainda mais os custos de produção. “Chuvas em excesso paralisam todo o trabalho. O clima úmido reduz o índice de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), o que impacta o volume de produtos finais que se pode extrair da cana”.

A chuva também estende a safra por mais tempo, acrescentando custos e reduzindo a qualidade da cana colhida, o que também impacta a quantidade de produtos finais. O prolongamento da safra encurta o período de manutenção industrial entre o fim de uma safra e o início da próxima, onerando o trabalho de manutenção devido ao prazo curto para a realização desse trabalho. “Essas pressões adicionais, na atual conjuntura, tornam a situação econômica do setor ainda mais preocupante,” afirmou Farina.

Segundo o diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, as projeções apontam para uma safra 8% maior este ano, mas a quantidade de produtos obtidos da cana colhida deve ser menor em 2 quilos por tonelada. “A produção de açúcar e etanol na atual safra deve crescer cerca de 6,5%, mas os custos de produção devem subir em média 10% por conta de dias parados devido à chuva, perdas por conta da geada e aumentos de custos de diversos insumos. Paradoxalmente, teremos uma safra maior e ao mesmo tempo deficitária”, explicou.

“Este é um setor com perspectivas muito positivas para o futuro, mas não será possível atender a essas expectativas com investimentos para ampliar a produção sem medidas essenciais, que precisam ser introduzidas o quanto antes”, frisou a presidente da Unica. Farina destacou os principais temas que vem sendo discutidos intensamente com diversos interlocutores da administração pública, em busca de soluções que, para muitas empresas, já são uma questão de sobrevivência.

“Os impactos positivos da produção e uso de etanol em larga escala no Brasil precisam ser reconhecidos, através de políticas públicas e tributos diferenciados a favor do combustível renovável e não dos combustíveis de origem fóssil. Igualmente fundamental é a definição da matriz energética brasileira, atribuindo pesos e prioridades claras e de longo prazo. Por fim, é essencial que se defina uma política de longo prazo para o preço da gasolina no país”, concluiu Farina.

 

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