Opinião

Unica contesta proposta de redução no uso de biocombustíveis nos EUA

País quer a redução de cerca de 40% no consumo.

Ascom Unica
29/01/2014 17:51
Visualizações: 360 (0) (0) (0) (0)

 

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) enviou nesta quarta-feira (28), uma carta oficial à Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency - EPA), questionando a proposta de redução no volume de biocombustíveis avançados consumidos anualmente naquele país em cerca de 40%. A proposta, anunciada em novembro de 2013, faz parte de uma série de ajustes propostos pela EPA para o RFS (Renewable Fuel Standard), lei que define os volumes de produção e uso de biocombustíveis no país.
Em 2013, foram consumidos no mercado americano cerca de 3 bilhões de galões (11,3 bilhões de litros) de combustíveis renováveis avançados, principalmente etanol de cana-de-açúcar e biodiesel. Agora, sob pressão principalmente da indústria do petróleo, a EPA quer restringir este volume a 2,2 bilhões de galões (8,3 bilhões de litros) em 2014.
A carta da Unica detalha as preocupações dos produtores brasileiros de etanol de cana sobre a redução proposta pela EPA, que a entidade brasileira considera “desnecessária e injustificada”. A entidade brasileira considera a redução um retrocesso significativo, que inverte o progresso que vem sendo feito com o aumento da utilização de biocombustíveis renováveis eficientes, com baixas emissões de gases de efeito estufa. A instituição também entende que a proposta favorece o uso de combustíveis fósseis, contrariando os objetivos da Lei do Ar Limpo e o Plano de Ação Climática, lançados em junho de 2013 pelo presidente Barack Obama.
A carta conclui afirmando que a proposta, inevitavelmente, terá dois efeitos: uma redução nos investimentos em biocombustíveis avançados por parte dos produtores e danos ambientais causados pela diminuição no uso de combustíveis limpos, levando a um aumento das emissões.
Em dezembro do ano passado, a Unica já havia participado de uma audiência pública realizada em Arlington, no estado da Virgínia (EUA), para debater a regulamentação da nova proposta. Na oportunidade, a representante da Unica para a América do Norte, Letícia Phillips, reafirmou o importante papel do etanol brasileiro como parceiro no cumprimento das metas americanas de utilização de energia limpa e redução de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEEs).
“Em 2010, a EPA atestou que o etanol de cana brasileiro reduz as emissões de dióxido de carbono em mais de 60% e o designou um combustível renovável avançado, algo que não foi concedido a nenhum outro tipo de etanol produzido comercialmente. Portanto, não faz sentido a proposta da EPA, que reduziria drasticamente o volumes de combustíveis avançados utilizados no mercado americano”, concluiu Phillips.
O período de comentários públicos sobre a proposta de redução no uso de biocombustíveis avançados termina em 28/01/14 e a EPA deve anunciar sua decisão final sobre os volumes a serem adotados até a metade deste ano.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) enviou nesta quarta-feira (28), uma carta oficial à Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency - EPA), questionando a proposta de redução no volume de biocombustíveis avançados consumidos anualmente naquele país em cerca de 40%. A proposta, anunciada em novembro de 2013, faz parte de uma série de ajustes propostos pela EPA para o RFS (Renewable Fuel Standard), lei que define os volumes de produção e uso de biocombustíveis no país.

Em 2013, foram consumidos no mercado americano cerca de 3 bilhões de galões (11,3 bilhões de litros) de combustíveis renováveis avançados, principalmente etanol de cana-de-açúcar e biodiesel. Agora, sob pressão principalmente da indústria do petróleo, a EPA quer restringir este volume a 2,2 bilhões de galões (8,3 bilhões de litros) em 2014.

A carta da Unica detalha as preocupações dos produtores brasileiros de etanol de cana sobre a redução proposta pela EPA, que a entidade brasileira considera “desnecessária e injustificada”. A entidade brasileira considera a redução um retrocesso significativo, que inverte o progresso que vem sendo feito com o aumento da utilização de biocombustíveis renováveis eficientes, com baixas emissões de gases de efeito estufa. A instituição também entende que a proposta favorece o uso de combustíveis fósseis, contrariando os objetivos da Lei do Ar Limpo e o Plano de Ação Climática, lançados em junho de 2013 pelo presidente Barack Obama.

A carta conclui afirmando que a proposta, inevitavelmente, terá dois efeitos: uma redução nos investimentos em biocombustíveis avançados por parte dos produtores e danos ambientais causados pela diminuição no uso de combustíveis limpos, levando a um aumento das emissões.

Em dezembro do ano passado, a Unica já havia participado de uma audiência pública realizada em Arlington, no estado da Virgínia (EUA), para debater a regulamentação da nova proposta. Na oportunidade, a representante da Unica para a América do Norte, Letícia Phillips, reafirmou o importante papel do etanol brasileiro como parceiro no cumprimento das metas americanas de utilização de energia limpa e redução de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEEs).

“Em 2010, a EPA atestou que o etanol de cana brasileiro reduz as emissões de dióxido de carbono em mais de 60% e o designou um combustível renovável avançado, algo que não foi concedido a nenhum outro tipo de etanol produzido comercialmente. Portanto, não faz sentido a proposta da EPA, que reduziria drasticamente o volumes de combustíveis avançados utilizados no mercado americano”, concluiu Phillips.

O período de comentários públicos sobre a proposta de redução no uso de biocombustíveis avançados termina em 28/01/14 e a EPA deve anunciar sua decisão final sobre os volumes a serem adotados até a metade deste ano.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Negócio
SBM Offshore assina contrato de Sale and Leaseback de US...
09/04/25
Gasoduto
Cabedelo: João Azevêdo entrega gasoduto e prepara municí...
09/04/25
Resultado
BRAVA Energia registra aumento de 80% na produção do pri...
09/04/25
Gás Natural
Naturgy debate perspectivas e desafios do setor de gás n...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025 reforça protagonismo do Espírito ...
09/04/25
Biocombustíveis
MME participa de semana de reuniões técnicas sobre combu...
09/04/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Preços iniciam nova safra em recuperação
09/04/25
Meio Ambiente
"Mercado de carbono precisa ser mais transparente e aces...
09/04/25
Combustíveis
Entenda por que o preço dos combustíveis está variando c...
09/04/25
Bacia de Santos
Seagems amplia portfólio de serviços com instalação inéd...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Exploração de novos blocos poderá triplicar reservas e d...
08/04/25
Evento
Espírito Santo projeta futuro da indústria de petróleo e...
08/04/25
Rio de Janeiro
Firjan e INFIS promovem 3º Seminário de Questões Tributá...
08/04/25
Chamada Pública
Comgás abre chamada pública para aquisição de biometano
08/04/25
Relatório
ANP publica Relatório Anual 2024 com avanços em inovação...
08/04/25
MME
Mistura de 30% de etanol anidro à gasolina foi cientific...
08/04/25
Vitória PetroShow 2025
Lideranças do setor de empreendedorismo e energia convid...
06/04/25
Vitória PetroShow 2025
Márcio Felix destaca a importância estratégica do Vitóri...
05/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow destaca o Espírito Santo como referênc...
05/04/25
PD&I
Embrapii firma primeira parceria com Engie Brasil Energi...
05/04/25
OTC 2025
OTC divulga os vencedores do prêmio Spotlight on New Tec...
04/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22