Aquisição

Ultra perto de levar rede Texaco

Jornal do Commercio
17/06/2008 12:22
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A compra do setor de distribuição de combustíveis no Brasil da companhia americana Texaco pelo Grupo Ultra está quase certa, segundo fontes que acompanham as negociações. A Agência Estado confirmou com três fontes das duas empresas que faltam poucos detalhes para a transação ser concluída, o que não foi confirmado oficialmente pelas partes envolvidas.

 

Segundo uma destas fontes, a aquisição estaria sendo avaliada pelo departamento jurídico da Ipiranga, que desde sua aquisição em março do ano passado pelo Ultra em parceria com a Petrobras e a Braskem, teve sua fatia de distribuição de combustíveis nas regiões Sul e Sudeste transferida para as mãos do Ultra. O restante das operações ficou nas mãos da Petrobras.

 

Em nota oficial à imprensa, o Ultra informou que vem avaliando novas oportunidades, que tem interesse, mas não há detalhes sobre negociação. "Todas as oportunidades de crescimento e aquisições em distribuição de combustíveis, atuais ou futuras, estão sendo ou serão analisadas", diz a nota da empresa, cujas ações preferências na bolsa paulista tiveram alta hoje de 2,07%, ante uma valorização de 0,12% do Ibovespa. A Texaco também não comenta as negociações.

 

Na recente aquisição dos ativos de distribuição da Esso, o Ultra também era cotado como um dos principais possíveis compradores, mas os ativos foram vendidos para o Grupo Cosan, ligado ao setor canavieiro no estado de São Paulo. O grupo Cosan divulgou ontem que "qualquer envolvimento seu com esta aquisição é especulação de mercado".

 

Segundo um analista do setor consultado pela Agência Estado, um dos principais interesses do Ultra nessa área na Texaco está relacionado à excelente localização e margem de venda dos postos da marca no País. A maioria deles está em áreas consideradas no mercado de combustíveis como o "filé mignon" do setor, por proporcionarem venda de até 250 mil litros por mês, ante uma média de 80 mil litros mensais do setor em geral, de acordo com o analista.

 

Com a aquisição dos ativos da Texaco, o Ultra fortaleceria a marca Ipiranga, que poderá utilizar por pelo menos três anos, e teria cacife para brigar mais forte no mercado com a líder Petrobras, impedindo também que a entrada da Cosan ameaçasse o segundo lugar da Ipiranga. A Texaco ocupa hoje uma fatia de 9,4% na distribuição de gasolina e de 8,8% na de diesel. Segundo rumores de mercado, a AleSat Combustíveis e a GP Investimentos também estarias interessadas nos ativos da Texaco no Brasil. Procuradas pela Agência Estado, as duas companhias preferiram não comentar o assunto.

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