Negócios

Última termelétrica de Ribeirão Preto (SP) vai a leilão

Usina está desativada desde junho.

Redação TN Petróleo
09/09/2013 15:02
Visualizações: 904 (0) (0) (0) (0)

 

Após 11 anos de operação, com produção suficiente para suprir uma cidade de 100 mil habitantes, a Pierp (Produtora Independente de Energia de Ribeirão Preto), última termelétrica localizada em Ribeirão Preto (SP) não associada à indústria sucroalcooleira, vai a leilão. A usina, que atualmente pertence à JMalucelli Energia, parou de operar em junho deste ano e será desmontada e vendida em lote único, com lance inicial de R$ 20 milhões. 
O contrato da Pierp com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) garantia um faturamento de aproximadamente R$ 4,5 milhões por mês. Em média, a usina operava durante quatro meses ao ano, de maio a setembro, quando o reservatório das hidrelétricas costumava estar em níveis mais baixos. 
O negócio era lucrativo até que os fornecedores da biomassa passaram a adquirir suas próprias usinas e o preço do bagaço da cana de açúcar subiu. A Pierp consumia, em média, 40 mil toneladas de bagaço por mês e durante algum tempo a solução foi recorrer à compra de cavaco de madeira como alternativa para a queima. 
No entanto, a falta de oferta da região elevou muito os custos com transporte. “Para trazer o cavaco de madeira os caminhões precisavam percorrer de 300 a 350 quilômetros de distância. O gasto com frete era tão elevado que eu costumava dizer que tínhamos uma usina movida a diesel”, comenta João Marcos Prosdocimo Moro, presidente da JMalucelli Energia. 
A decisão de vender foi tomada depois da constatação de que o maquinário da usina ainda estava em perfeitas condições. “Nós operamos durante mais de dez anos, mas nossos equipamentos só foram utilizados no máximo 40% desse tempo. Nossas duas caldeiras têm capacidade para produzir 30MW/hora e se forem repotencializadas esse número pode aumentar em até 20%”, explica Prosdocimo Moro. 
Segundo o executivo, essa operação consistiria na instalação de leitos fluidizados – que aumentam a geração de calor na queima e produção de energia. O custo aproximado seria de R$ 2 milhões. “O retorno do investimento total vai levar algo em torno de 18 meses, ao passo que montar uma usina nova custa de R$ 90 a R$ 100 milhões”, afirma. 
João Marcos Prosdocimo Moro acredita que os mais beneficiados pela compra do maquinário da Pierp são os canavieiros, madeireiros e grandes consumidores de energia, como transformadores de metal e indústrias pesadas. “Do jeito que está, a usina pode produzir 17 mil MW/mês, quantidade de energia suficiente para alimentar até dez serrarias grandes. Além disso, se o excedente de produção for vendido, o preço do Megawatt chega a R$ 280”, detalha. 

Após 11 anos de operação, com produção suficiente para suprir uma cidade de 100 mil habitantes, a Pierp (Produtora Independente de Energia de Ribeirão Preto), última termelétrica localizada em Ribeirão Preto (SP) não associada à indústria sucroalcooleira, vai a leilão. A usina, que atualmente pertence à JMalucelli Energia, parou de operar em junho deste ano e será desmontada e vendida em lote único, com lance inicial de R$ 20 milhões. 


O contrato da Pierp com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) garantia um faturamento de aproximadamente R$ 4,5 milhões por mês. Em média, a usina operava durante quatro meses ao ano, de maio a setembro, quando o reservatório das hidrelétricas costumava estar em níveis mais baixos. O negócio era lucrativo até que os fornecedores da biomassa passaram a adquirir suas próprias usinas e o preço do bagaço da cana de açúcar subiu. A Pierp consumia, em média, 40 mil toneladas de bagaço por mês e durante algum tempo a solução foi recorrer à compra de cavaco de madeira como alternativa para a queima. 


No entanto, a falta de oferta da região elevou muito os custos com transporte. “Para trazer o cavaco de madeira os caminhões precisavam percorrer de 300 a 350 quilômetros de distância. O gasto com frete era tão elevado que eu costumava dizer que tínhamos uma usina movida a diesel”, comenta João Marcos Prosdocimo Moro, presidente da JMalucelli Energia. 

 

A decisão de vender foi tomada depois da constatação de que o maquinário da usina ainda estava em perfeitas condições. “Nós operamos durante mais de dez anos, mas nossos equipamentos só foram utilizados no máximo 40% desse tempo. Nossas duas caldeiras têm capacidade para produzir 30MW/hora e se forem repotencializadas esse número pode aumentar em até 20%”, explica Prosdocimo Moro. Segundo o executivo, essa operação consistiria na instalação de leitos fluidizados – que aumentam a geração de calor na queima e produção de energia. O custo aproximado seria de R$ 2 milhões. “O retorno do investimento total vai levar algo em torno de 18 meses, ao passo que montar uma usina nova custa de R$ 90 a R$ 100 milhões”, afirma. 


João Marcos Prosdocimo Moro acredita que os mais beneficiados pela compra do maquinário da Pierp são os canavieiros, madeireiros e grandes consumidores de energia, como transformadores de metal e indústrias pesadas. “Do jeito que está, a usina pode produzir 17 mil MW/mês, quantidade de energia suficiente para alimentar até dez serrarias grandes. Além disso, se o excedente de produção for vendido, o preço do Megawatt chega a R$ 280”, detalha. O encerramento do pregão, que já está no ar e é feito pela internet, está previsto para ocorrer em 10 de outubro.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Lubrificantes
Vibra dobra capacidade da fábrica de lubrificantes e in...
03/12/24
Pré-Sal
Oferta Permanente de Partilha: MME e MMA assinam manifes...
03/12/24
Mossoró Oil & Gas Expo
IMEX Solutions na MOGE 2024: Destaque em Inovação no Set...
03/12/24
Resultado
A produção de petróleo e gás em outubro foi de 4,268 mil...
03/12/24
Evento
PPSA realiza nesta quinta-feira seu Fórum Técnico anual
03/12/24
Resultado
Projeto Raia: Equinor e Tenaris atingem marco na produçã...
02/12/24
PD&I
ANP entrega Prêmio de Inovação Tecnológica 2024
02/12/24
Combustíveis
ANP firma acordo de cooperação técnica com órgão de defe...
02/12/24
Internacional
Maersk conclui pedido de 20 navios bicombustíveis
02/12/24
Petrobras
Dois novos FPSOs serão contratados para o projeto Sergip...
02/12/24
Energia Elétrica
Mercado livre de energia alcança 42% de participação e i...
02/12/24
Pessoas
Autoridades enfatizam os desafios e potencial elétrico d...
02/12/24
Brandend Content
BR MED revoluciona o setor de Saúde Corporativa no Offsh...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Desativação de instalações soma mais de R$ 57 bilhões em...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Empresários apostam em rodadas de negócios para expandir...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Engepetrol marca presença na Mossoró Oil & Gas Energy
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Empresário mossoroense lança livro no maior evento onsho...
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Business Meeting revela oportunidades de negócios no onshore
29/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Mossoró Oil & Gas destaca integração energética
28/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
A Oil States marca presença na 9ª edição da Mossoró Oil ...
28/11/24
Mossoró Oil & Gas Expo
Sócio da Progel participa de painéis no Mossoró Oil & Ga...
28/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21