O Gigante Netuno

UFRJ ganha supercomputador com apoio da Petrobras

Considerado um dos mais potentes supercomputadores da América Latina, o Netuno será apresentado hoje (17/04), às 14 horas, no Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ, no campus do Fundão. O equipamento, instalado com recursos oriundos da Petrobras, é a mais poderosa máquina HPC (High

Agência Petrobras
17/04/2008 12:59
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Um dos mais potentes supercomputadores da América Latina, o Netuno, será apresentado hoje (17/04), às 14 horas, no Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ, no campus do Fundão. O equipamento foi instalado com recursos oriundos da Petrobras, é considerado a mais poderosa máquina HPC (High Performance Computing – Computação de Alto Desempenho) para uso acadêmico na América Latina e recebeu investimento de cinco milhões de reais da Petrobras.

 

O Netuno terá capacidade para processar amplo volume de dados simultaneamente e beneficiará, além da UFRJ, mais quatorze universidades brasileiras que compõem as redes. O equipamento foi inscrito no ranking mundial Top 500 das maiores máquinas de processamento paralelo. Hoje, na apresentação técnica, o NCE divulgará a posição do Netuno no ranking. Segundo os técnicos envolvidos neste projeto, o cluster (conjunto de computadores ligados em rede) instalado tem desempenho estimado entre a posição 100 e 150 do ranking.  O Brasil é representado atualmente neste ranking por um único cluster de alto desempenho, que figura na posição 451. A inauguração da máquina será no dia 13 de maio.

 

Segundo o geofísico Ricardo de Bragança, do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), este equipamento vem suprir a demanda computacional das Redes Temáticas de Geofísica Aplicada e de Modelagem e Observação Oceanográfica. “Foi identificado o interesse de concentrar este poder computacional, ao invés de distribuir máquinas de menor porte em várias instituições. Isto porque seria possível resolver problemas maiores em uma mesma máquina”, afirma Ricardo. Além disso, o equipamento é capaz de trabalhar de forma simultânea em diferentes tarefas. Isso reduzirá, por exemplo, o ciclo ocioso da máquina, enquanto os técnicos analisam dados gerados por ela.

 

Para o geofísico, a grande vantagem de um cluster é obter maior desempenho com custo menor. “Se antes, a computação de alto desempenho dependia de soluções proprietárias, o que encarecia o equipamento, agora a montagem desse supercomputador com arquitetura Intel ou AMD permite uma enorme redução de custo, visto que estes componentes são produzidos em larga escala, além de existir mais fornecedores para tal arquitetura”, explica Ricardo.

 

A Petrobras já domina essa tecnologia e vem utilizando o esquema de cluster de computadores para vários aplicativos. A primeira montagem de um cluster foi realizada em 1997 no Centro de Pesquisas, com apenas três máquinas. O cluster instalado na UFRJ é composto por 256 servidores DELL de alto desempenho (nós computacionais), cada um com dois processadores “quad-core” (quatro núcleos) Intel de 2.6 GHz (desempenho estimado de 64 Gigaflops por nó). As máquinas são interligadas entre si por uma rede de dados Infiniband de alta performance, além da rede Gigabit Ethernet tradicional.

 

Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ

 

A UFRJ é uma das quinze universidades participantes das Redes Temáticas de Geofísica Aplicada e de Modelagem e Observação Oceanográfica. Todas as instituições que compõem as redes poderão desenvolver projetos utilizando a capacidade de processamento do novo cluster. A UFRJ foi escolhida para receber o equipamento, principalmente, por ser um dos pontos principais da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa – RNP e ter, portanto, a possibilidade de manter comunicação com a rede brasileira de dados científicos que interliga as universidades e serve como base para acesso ao link de dados. A proximidade com o Centro de Pesquisas da Petrobras, instalado no campus da UFRJ, foi outro fator determinante na escolha do local. “Além da proximidade com o nosso Centro de Pesquisa, o NCE apresentou excelente infra-estrutura e espaço físico no seu Centro de Processamento de Dados”, diz Ricardo Bragança.

 

Sobre as Redes

 

As Redes Temáticas fazem parte de um modelo de parceria tecnológica estabelecido pela Petrobras para relacionamento com universidades e instituições nacionais de pesquisa. Através das 38 redes criadas, a Companhia vem investindo em projetos de infra-estrutura e de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em mais de 70 instituições participantes, em 18 estados do país.

 

O modelo de parcerias tecnológicas através de Redes Temáticas foi criado para atender à cláusula de investimentos de P&D presente nos contratos de concessão de exploração e produção entre a Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Segundo a cláusula, pelo menos 1% da receita bruta gerada pelos campos de grande rentabilidade ou grande volume de produção deve ser investido em pesquisa e desenvolvimento, sendo 50% deste valor para universidades e instituições nacionais. Todos os projetos de infra-estrutura passam por autorização prévia da ANP.

 

Para otimizar estes investimentos, a Petrobras criou o modelo das Redes Temáticas e Núcleos Regionais de Competência, que contribui para a interação entre as instituições nacionais de pesquisa & desenvolvimento e para a excelência do conhecimento científico brasileiro na área de petróleo, gás e energia. As 38 redes e 7 núcleos abordam temas tecnológicos de interesse estratégico deste segmento. A Petrobras já investiu mais de um bilhão de reais de 1998 até 2007.

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