<P>A dragagem para restabelecer a profundidade do rio é o primeiro passo para que as operações possam ser retomadas. A atracação dos navios depende da existência de uma profundidade mínima em toda a sua extensão, que, no local, era de 11,3 metros antes das chuvas.</P><P>Com a enchente no Val...
Diário CatarinenseA dragagem para restabelecer a profundidade do rio é o primeiro passo para que as operações possam ser retomadas. A atracação dos navios depende da existência de uma profundidade mínima em toda a sua extensão, que, no local, era de 11,3 metros antes das chuvas.
Com a enchente no Vale do Itajaí, a correnteza ampliou-se de tal maneira na foz que modificou o fundo do rio. Uma medição (batimetria) feita após as chuvas indicou que há locais em que a profundidade foi reduzida a 6 metros e outros em que aumentou para 22 metros.
A meta é restabelecer uma profundidade de pelo menos 8 metros até o final do ano, o que permitiria retorno parcial das operações. Assim que isso ocorrer, no Porto de Navegantes, que não sofreu nenhuma avaria, os navios de calado reduzido poderiam atracar normalmente em todo o cais, de acordo com o superintendente administrativo Osmari de Castilho Ribas.
No Porto de Itajaí, por outro lado, apenas dois terços do espaço estariam liberados, já que parte dos atracadouros foi danificada. Segundo o superintendente, Arnaldo Schmitt, com a recuperação do leito e a utilização dos berços não danificados, o terminal pode retomar 80% da sua capacidade. O restante, que depende da reconstrução total do porto, incluídos os dois berços avariados, exigiria mais seis meses.
Atracadouros destruídos foram erguidos em 1945
O Porto de Itajaí esteve mais vulnerável à destruição, tanto por condições estruturais quanto naturais. Os atracadouros danificados foram construídos em 1945, portanto, somando décadas de desgaste e contando com a tecnologia da época. Além disso, eles estavam mais expostos à correnteza por se encontrarem na tangente da curva do rio. Os atracadouros de Navegantes ficam mais protegidos na outra margem do Itajaí-Açu.
Schmitt acredita que a recuperação do porto pode torná-lo mais competitivo. Com a destruição do armazém, o espaço ocupado será liberado para a movimentação das cargas. Os atracadouros também serão reconstruídos com melhor estrutura, além da entrada em funcionamento do novo berço.
O superintendente também garante que os danos não prejudicam investimentos previstos, como a conclusão da via expressa portuária e o aprofundamento do rio, que poderá chegar a 14 metros, permitindo a atracação de navios maiores.
O Porto de Navegantes, inaugurado há um ano e de administração privada, teve seu desempenho ascendente paralisado pela enchente. Em janeiro, havia operado com 14 navios, número que chegou a 45 em outubro.
Como seus terminais devem voltar a funcionar em breve, Castilho afirma que estarão abertos a receber cargas que antes eram destinadas a Itajaí.
- Mas não haveria concorrência predatória. Nós temos condições de atender pontualmente, mas sem objetivo de fidelizar essas cargas.
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