Petróleo e Gás

Terceirização tecnológica pode ser empecilho aos projetos no pré-sal

País não cria legado e promove retrabalho.

Agência Brasil
20/08/2012 09:37
Terceirização tecnológica pode ser empecilho aos projetos no pré-sal Imagem: Divulgação Visualizações: 368

 

Na área de tecnologia da informação (TI), como na maior parte dos demais setores econômicos no Brasil, existe hoje carência de mão de obra. Isso se deve, segundo o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet regional Rio de Janeiro (Assespro-RJ), Ilan Goldman, ao “rápido crescimento do país nos últimos anos”.
Para ele, mesmo que o Brasil experimente agora uma diminuição no crescimento econômico, essa carência vai se manter, porque já estava ocorrendo. Goldman lembrou, entretanto, que o setor de TI não tem a percepção de que a falta de mão de obra possa ser uma barreira à exploração específica do petróleo na camada pré-sal. O problema no setor de TI para o pré-sal, disse ele, está no modelo com que as empresas contratam, de fato, a tecnologia nacional.
“O modelo hoje é de terceirização. E a terceirização envolve um retrabalho. Ou seja, cada vez que você faz um projeto, tem que aprender de novo sobre aquele assunto, implantar o projeto e colocar para funcionar”. O modelo defendido pela Assespro para o pré-sal e, por extensão, para todo o setor de petróleo e gás, é a retenção e a transferência do conhecimento.
Nesse modelo, as empresas vão se especializando em determinados assuntos ligados a óleo e gás. “Com isso, você começa a construir um legado e esse legado você pode repetir e ir melhorando ao longo do tempo, nas várias situações que vão se criando”. Com o conhecimento, o presidente da Assespro-RJ acredita que o Brasil conseguiria minimizar em grande parte o problema da escassez de mão de obra e trazer para dentro da TI nacional os projetos ligados à área de tecnologia em óleo e gás. “Essa é a nossa visão”.
O novo modelo evitaria que o conhecimento fosse exportado, deixando de ser  retido no Brasil. “É exatamente o que acontece. Como nós não criamos legado, cada vez que a gente faz um projeto, a gente gasta o dinheiro, mas não sobra nada após o fim do projeto, exceto o próprio projeto. As empresas e as pessoas que participaram dele  não dão continuidade, não detêm o conhecimento, não são as proprietárias, você não gera esse conhecimento, você não transforma isso em benefício para a sociedade. Se alguém pedir alguma coisa parecida, você vai fazer tudo de novo”.
Esse é o oposto do modelo adotado fora do Brasil. Ele citou, particularmente, o caso da Noruega, que era um país com as mesmas dificuldades do Brasil mas que, quando encontrou petróleo no pré-sal, ”teve a percepção de valor e decidiu construir conhecimento da informação, mesmo que isso custasse um pouco mais no início. Mas, vou ganhar lá na frente. E foi o que aconteceu”. O Brasil, reiterou Goldman, não está repetindo esse modelo, apesar de já ser consagrado e conhecido.

Na área de tecnologia da informação (TI), como na maior parte dos demais setores econômicos no Brasil, existe hoje carência de mão de obra. Isso se deve, segundo o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet regional Rio de Janeiro (Assespro-RJ), Ilan Goldman, ao “rápido crescimento do país nos últimos anos”.


Para ele, mesmo que o Brasil experimente agora uma diminuição no crescimento econômico, essa carência vai se manter, porque já estava ocorrendo. Goldman lembrou, entretanto, que o setor de TI não tem a percepção de que a falta de mão de obra possa ser uma barreira à exploração específica do petróleo na camada pré-sal. O problema no setor de TI para o pré-sal, disse ele, está no modelo com que as empresas contratam, de fato, a tecnologia nacional.


“O modelo hoje é de terceirização. E a terceirização envolve um retrabalho. Ou seja, cada vez que você faz um projeto, tem que aprender de novo sobre aquele assunto, implantar o projeto e colocar para funcionar”. O modelo defendido pela Assespro para o pré-sal e, por extensão, para todo o setor de petróleo e gás, é a retenção e a transferência do conhecimento.


Nesse modelo, as empresas vão se especializando em determinados assuntos ligados a óleo e gás. “Com isso, você começa a construir um legado e esse legado você pode repetir e ir melhorando ao longo do tempo, nas várias situações que vão se criando”. Com o conhecimento, o presidente da Assespro-RJ acredita que o Brasil conseguiria minimizar em grande parte o problema da escassez de mão de obra e trazer para dentro da TI nacional os projetos ligados à área de tecnologia em óleo e gás. “Essa é a nossa visão”.


O novo modelo evitaria que o conhecimento fosse exportado, deixando de ser  retido no Brasil. “É exatamente o que acontece. Como nós não criamos legado, cada vez que a gente faz um projeto, a gente gasta o dinheiro, mas não sobra nada após o fim do projeto, exceto o próprio projeto. As empresas e as pessoas que participaram dele  não dão continuidade, não detêm o conhecimento, não são as proprietárias, você não gera esse conhecimento, você não transforma isso em benefício para a sociedade. Se alguém pedir alguma coisa parecida, você vai fazer tudo de novo”.


Esse é o oposto do modelo adotado fora do Brasil. Ele citou, particularmente, o caso da Noruega, que era um país com as mesmas dificuldades do Brasil mas que, quando encontrou petróleo no pré-sal, ”teve a percepção de valor e decidiu construir conhecimento da informação, mesmo que isso custasse um pouco mais no início. Mas, vou ganhar lá na frente. E foi o que aconteceu”. O Brasil, reiterou Goldman, não está repetindo esse modelo, apesar de já ser consagrado e conhecido.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
Royalties
Participação especial: valores referentes à produção do ...
14/11/25
COP30
Indústria brasileira de O&> atinge padrões de excelência...
14/11/25
Pré-Sal
União aumenta sua participação na Jazida Compartilhada d...
14/11/25
COP30
Líderes e negociadores da COP30 receberão cartas de 90 a...
13/11/25
Energia Elétrica
Projeto Meta II: CCEE e PSR apresentam proposta para mod...
13/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
13/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
13/11/25
COP30
ANP participa do evento e avança em medidas para a trans...
13/11/25
Nova marca
ABPIP moderniza identidade visual e reforça alinhamento ...
13/11/25
Firjan
Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do...
13/11/25
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
Pessoas
Francisco Valdir Silveira assume presidência do SGB
13/11/25
Curso
Radix e UniIBP lançam primeira edição do curso "Análise ...
13/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.