Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
Executivos de empresas de energia discutiram as mudanças que o setor de energia brasileiro vem passando nos últimos anos, e como a pandemia do novo coronavírus está influenciando novas transformações.
As discussões aconteceram na aula aberta do curso de Pós-Graduação em MBE Energia, organizado pela UnIBP, a Universidade do Setor de Petróleo e Gás, em parceria com a PUC-Rio.
As inscrições para o curso de Pós-Graduação em MBE Energia vão até o dia 16 de setembro.
O vídeo da transmissão da aula está disponível no canal do IBP no Youtube.
As leis e os fatos que regem o setor de energia estão em constante mudança, de acordo com David Zylbersztajn, professor do curso. “A pandemia acelerou uma série de questões que já eram latentes, que emergiram e transformaram a produção e o consumo de energia”, avaliou o professor.
David Zylbersztajn também destacou a descarbonização, descentralização e digitalização da economia como fatores que estão influenciando o setor de energia. “É consenso que o século XXI será o século da eletrificação produtiva, independente de qual seja a fonte, principalmente na questão da mobilidade, a eletricidade vai ser cada vez mais barata, diversificada e descentralizada”, apontou.
As vantagens do setor energético do Brasil foram ressaltadas por Luis Henrique Guimarães, Diretor-presidente da Cosan. Para o executivo, o país foi privilegiado pela natureza para liderar a indústria de energia, com 45% de matriz energética renovável contra 15% do resto do mundo.
“O futuro da indústria de energia no Brasil é positivo porque é um business de escala, que exige investimentos massivos e de longo prazo. E a gente tem produtividade, materialidade e escala. É uma oportunidade de ouro para o Brasil e o momento ideal para qualquer jovem ingressar no mercado de energia”, explicou.
O crescimento da demanda mundial por energia elétrica foi destacado por Andre Clark,General Manager da Siemens Brasil. Com o aumento de 50% da demanda energia elétrica até 2040, o hidrogênio surge um novo commodity, no centro da estratégia de recuperação verde da comunidade europeia e do Reino Unido.
“Hoje temos 850 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica. O Brasil tem potencial de ser o maior provedor desse commodity, exportando hidrogênio verde em larga escala. A próxima década vai ser singular para o país”, reforçou Andre.
O progresso do setor de energia está no novo papel da indústria de óleo e gás de mostrar os benefícios da convivência entre múltiplos atores, fontes energéticas e tecnologias, e atrelado a alguns pilares, como a conexão com a sociedade, na visão de Clarissa Lins, Presidente do IBP. Ciente disso, o IBP atualizou, recentemente, seu plano estratégico de forma que abraçasse novos posicionamentos.
“Na nossa visão, o mundo vai continuar consumindo óleo e gás, mas com exigências de redução de intensidade de carbono e compensação das emissões. Ao exercer o aproveitamento de todas as nossas fontes energéticas, de maneira competitiva, a gente não perde a relevância como player, mas abraça o desafio da descarbonização, transição energética e ESG para transformar em oportunidade”, finalizou.
A maturidade do mercado de energia brasileiro mostra sua capacidade durante o momento de pandemia, na opinião de Maurício Bähr, Presidente da ENGIE Brasil Energia. Os esforços dos ministérios, governo, ANEL e ANP em buscar soluções, de maneira integrada, revela o desejo de que o consumidor seja sempre beneficiado e nunca tenha perda de energia.
“A pandemia está ajudando a refletir sobre nossa matriz e o nosso consumo. Ao liberar mercado, não só de energia elétrica, mas o de gás também, vai ser possível oferecer novas opções para os consumidores, que serão os protagonistas e vão nos ajudar a direcionar os investimentos”, indicou Maurício.
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