<P>O Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi) do Porto de Santos ganhará os seus dois primeiros portêineres até meados do próximo ano. Os novos equipamentos serão fundamentais para o aumento de 150% na capacidade operacional da instalação, permitindo que a movimentação anual c...
A TribunaO Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi) do Porto de Santos ganhará os seus dois primeiros portêineres até meados do próximo ano. Os novos equipamentos serão fundamentais para o aumento de 150% na capacidade operacional da instalação, permitindo que a movimentação anual chegue a 700 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
Além dos dois portêineres (pórticos especiais para embarque e desembarque de cofres), serão adquiridos seis RTGs (pórticos sobre rodas que diminui a necessidade de remoções para a movimentação de unidades). A compra dos equipamentos representará um investimento de R$ 30 milhões e integra o programa de expansão do terminal, de R$ 170 milhões.
O presidente do Tecondi, Cesar Floriano, anunciou a negociação para a compra dos portêineres, com exclusividade a A Tribuna. Com a obra de ampliação, ainda teremos potencial para um terceiro portêiner, mas este depende do crescimento da demanda. O empresário disse que a encomenda dos equipamentos deve ser concluída nos próximos dias.
Após os investimentos no terminal, sua capacidade de movimentação anual passará para 700 mil TEUs, 420 mil a mais que o volume operado no ano passado -- 280 mil TEUs. Este ano, ainda sem a conclusão das obras, a estimativa do terminal é alcançar 300 mil TEUs.
Considerando a operação atual dos terminais especializados em contêineres no Porto de Santos, o Tecondi poderá assumir a vice-liderança neste segmento do complexo, superando a operadora portuária Libra Terminais, arrendatária dos terminais T-35 e T-37, que registrou aproximadamente 550 mil TEUs no ano passado. Atualmente, a Santos-Brasil (arrendatária do Tecon, em Guarujá) ocupa o primeiro lugar, ao conseguir embarcar ou desembarcar 1,4 milhão de TEUs.
Hoje nós contamos com quatro MHCs, um tipo de equipamento que não tem ganho de produtividade igual ou próximo ao portêiner. O crescimento de operação previsto vai se dar, além da expansão, pelo ganho de produtividade dos portêineres e pelos R$ 110 milhões de investimentos que foram feitos no terminal desde 2000, quando começamos a preparar a instalação para operar, explicou.
De acordo com o executivo, os portêineres -- existentes há quase dez anos nos terminais operados pela Santos-Brasil e Libra -- são capazes de fazer 45 movimentos por hora, ou seja, embarcar ou desembarcar 45 contêineres por período. Já os MHCs tem produtividade inferior, fazendo entre 17 e 20 movimentos por hora.
AS OBRAS
A ampliação prevê a construção de uma laje sobre estacas, que avançará ao mar até o cais do corte, píer que o terminal utiliza para a atracação de navios, mas que não tem retroárea para operações. Com isso, a empresa ganhará mais 32,2 mil metros quadrados de retroárea para suas operações. A obra ainda vai permitir que o Tecondi quase dobre o espaço para atracação de navios. Atualmente, a empresa tem 390 metros de cais, sendo 200 metros no corte e 190 metros no seu berço privativo, o chamado ponto 4 do Cais do Saboó. O terceiro berço, oriundo da ampliação, terá 320 metros de extensão.
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