<P>O excessivo congestionamento, que se regista no Porto de Luanda, tem dificultado a rendibilidade de várias unidades produtivas e comerciais, conforme afirmaram os importadores à margem do encontro mantido terça-feira com a direcção daquele empreendimento económico.</P><P>Com efeito, os impo...
Jornal de AngolaO excessivo congestionamento, que se regista no Porto de Luanda, tem dificultado a rendibilidade de várias unidades produtivas e comerciais, conforme afirmaram os importadores à margem do encontro mantido terça-feira com a direcção daquele empreendimento económico.
Com efeito, os importadores nacionais e estrangeiros dos mais variados sectores da vida económica do país manifestaram a sua preocupação com o facto, solicitando medidas urgentes para a inversão de um problema que afecta não só os agentes comerciais e produtores, mas também o consumidor final.
O congestionamento das mercadorias nos terminais da Unicargas, a existência de um número elevado de contentores bloqueados, a falta de máquinas e dispositivos que facilitem a localização dos contentores são os problemas que os importadores querem ver resolvidos.
No quadro de dificuldades, a questão da compactação e pavimentação do porto seco e a velocidade na extracção de mercadorias são outros problemas apontados pelos importadores.
Em face disso, os importadores sugerem um maior investimento em infra-estruturas, tecnologias e máquinas, assim como a aplicação de meios electrónicos como forma de contrapor o actual quadro de excessivo congestionamento de contentores nos terminais portuários e de navios ao largo da costa marítima.
Neste momento, três dos quatro terminais do Porto Comercial de Luanda (Polivalente Carga Geral de Luanda com excepção do da Sonils), e o Porto Seco de Viana apresentam uma superlotação de mercadorias, o que exige obras urgentes nos cais, na pavimentação do piso e iluminação.
A par disso, verifica-se um aumento crescente das importacões. Por isso, entende ser necessário levar-se a cabo um trabalho conjunto para que se vença o problema do PL. Mas, para tal, será preciso que se invista em máquinas, infra-estruras e recursos humanos e tecnologia. ?É preciso que as coisas fluam num ritmo que se pretende?, realça.
Reagindo à questão de os importadores fazerem do Porto um armazém, o responsavel pela importação da Refriango, Nuno Colaço, afirma não ser vantajoso manter os contentores no Porto, quando se tem uma fábrica a operar. O que se pretende é levar os contentores à fabrica para que esta, por sua vez, produza o necessário para o mercado.
?Se tivermos falhas de produtos, tal dará azo a linhas paradas e consequentemente custos muito elevados para as nossas fábricas?, sustenta.
Já há alguns meses, lembra o interlocutor, no Terminal da Sogester, a sua empresa viveu o problema de escassez de espaço de armazenagem, o que acabou por se reflectir na produção. O navio que trazia equipamentos e maquinarias para aumento da capacidade de produção da fábrica teve de regressar para as origens sem ter sido descarregado.
O terminal da Unicarga tem de estar mais organizado e ter mais disponibilidade de máquinas. Em relação ao Porto Seco, o pavimento é mesmo um motivo que tira do sono muitos importadores.
Para contribuir para a celeridade da descarga das mercadorias no Porto, a Refriango tem reforçada a sua frota de camiões.
A representante dos importadores, Manuela Martins, por seu turno, propôs a legalização dos BL (documento de desalfandegamento de mercadorias) mesmo antes da chegada ao país dos navios, para permitir o pagamento prévio das obrigações fiscais, assim como das encomendas que cheguem aos vários terminais.
As concessionárias Sogest, Unicargas, NDS, Multiparques e a Maersk comprometeram-se, em parceria com a administração do Porto Comercial de Luanda, entre outros aspectos, em realizar os investimentos para modernizar e dar maior fluidez ao carregamento e descarga de mercadorias.
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