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Jornal do Commercio (PE)O complexo industrial e portuário de Suape lançou ontem licitação para vender duas áreas que abrigarão a fábrica de fios de poliéster (POY) e de ácido tereftálico purificado (PTA), que formam o pólo petroquímico. O investimento terá a participação da Petroquisa - subsidiária da Petrobras - e pretende lançar Pernambuco como plataforma de exportação do setor têxtil. A área, de 16 hectares para o PTA e de 39 hectares para o POY, ficará ao lado do terreno que abrigará a refinaria.
?Queremos iniciar as obras da fábrica de POY já no primeiro trimestre do próximo ano. A posse do terreno e o licenciamento ambiental é muito importante para acelerar os trabalhos?, afirmou Pedro Cerri, presidente da Citene, uma das empresas investidoras. A fábrica de POY está orçada em R$ 350 milhões e prevê gerar três mil empregos durante a construção e 500 empregos durante a operação. Ele vem hoje ao Recife para conferir detalhes do empreendimento, como o licenciamento ambiental.
Quando Suape precisa arrendar qualquer de suas áreas para novas indústrias, é obrigado a fazer uma licitação. ?É o trâmite normal. O investidor escolhe o terreno e a gente licita?, diz o presidente de Suape, Matheus Antunes. A licitação especifica o local e para que tipo de empreendimento será usado. A rigor, qualquer investidor pode se habilitar para o processo. Neste caso, já está nos planos da Petrobras trabalhar de forma conjunta tanto o terreno da refinaria quanto o do pólo petroquímico. A idéia é compartilhar algumas instalações, como área de segurança. ?A nossa expectativa é que no futuro a matéria-prima do pólo venha direto da refinaria?, acredita Cerri. No caso da produção do PTA, a unidade vai começar importando o paraxileno - uma das matérias-primas - até que a unidade de petroquímico da Petrobras no Rio de Janeiro esteja pronta. Tanto o PTA quando o paraxileno são matérias-primas da resina PET, que Pernambuco tem demanda pela fábrica da Mossi & Ghisolfi.
A produção de fios de poliéster pode impulsionar a produção têxtil em Pernambuco. A produção de matéria-prima acessível e a maior proximidade com o grande mercado consumidor dos Estados Unidos são vantagens. Mas o risco é de que mesmo assim ainda seja difícil de enfrentar a China. ?O setor têxtil está se transformando em todo o mundo, as empresas estão repensando todos os investimentos?, comentou o secretário de Desenvolvimento Alexandre Valença. Ele reconheceu que alguns investimentos já anunciados, como a Toalhas São Carlos e o grupo coreano Kabul, ainda não iniciaram os projetos.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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