Indústria Naval

Sociedade no Estaleiro Atlântico Sul custará US$ 400 mi

O novo sócio do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) terá que colocar US$ 400 milhões no projeto para arrematar 30% da companhia, disse uma fonte familiarizada com as negociações. As questões envolvendo o estaleiro, que precisa de um novo sócio, come&c

Agência Reuters
30/03/2012 12:15
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O novo sócio do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) terá que colocar US$ 400 milhões no projeto para arrematar 30% da companhia, disse uma fonte familiarizada com as negociações. O estaleiro precisa de um novo sócio que detenha a tecnologia de fabricação de sondas, uma vez que a coreana Samsung, que detinha 6% do EAS, saiu da sociedade recentemente.

A Samsung não chegou a transferir a expertise para os sócios e isso coloca em risco o programa de exploração de petróleo da Petrobras.

As construtoras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que hoje possuem 50% do estaleiro cada, estão em negociação com as japonesas Mitsui e Mitsubishi, com a polonesa Remontowa e também a norueguesa LMG, segundo a fonte, que pediu para não ser identificada.

A Petrobras contratou, via Sete Brasil, uma empresa intermediária, sete sondas para serem construídas no EAS. Cada uma custa entre US$ 600 e US$ 800 milhões.

Como a entrega das sondas dentro do prazo é essencial para que a Petrobras cumpra seu cronograma de exploração e produção de petróleo, a estatal chegou a negociar a ampliação da participação do Samsung para aproveitar o conhecimento tecnológico do grupo e acelerar projetos.

O objetivo agora é fechar uma participação maior no Atlântico Sul, onde a empresa estrangeira e os sócios brasileiros tenham divisão homogênea da sociedade, entre 30% e 40% cada.

As relações entre os sócios brasileiros e os coreanos vinham piorando desde 2011, quando o navio João Cândido apresentou uma série de problemas.
 A embarcação foi entregue com mais de um ano de atraso à Transpetro, subsidiária da Petrobras, e as falhas do projeto levaram os sócios brasileiros a questionar a parceria tecnológica com os asiáticos.

A Camargo Corrêa, o Queiroz Galvão e o EAS não quiseram comentar o assunto.


Eike Batista

Os problemas do Atlântico Sul começam a provocar uma movimentação nos bastidores do setor naval brasileiro, com a concorrência esperando se beneficiar e abraçar as encomendas da Petrobras.

O empresário Eike Batista, dono do estaleiro OSX, em construção, falou na semana passada que seu relacionamento com a estatal vem se estreitando e que ele poderá vir a construir sondas para a petroleira.

A OSX possui acordo de transferência da tecnologia com a Hyundai e, segundo o empresário, a compra do know-how dos coreanos custou 250 milhões de dólares.
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