Exploração e Produção

Sinopec é a 'noiva da vez' do setor no Brasil

Valor Econômico
20/06/2012 14:44
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Depois de investir US$ 12 bilhões na exploração de petróleo no Brasil e anunciar que quer mais parcerias, a China Petrochemical Corporation (Sinopec) tem atraído as atenções durante sua passagem pela Rio+20. Em um disputado jantar na segunda-feira (18) para comemorar o lançamento de seu relatório de responsabilidade social corporativa durante a conferência internacional, o presidente do grupo Sinopec, Fu Chengyu, disse que a empresa "estava no lugar certo e na hora certa e soube aproveitar o vento favorável" na relação entre o Brasil e a China.

Para uma plateia formada por funcionários da empresa e executivos como José Maria Moreno, presidente da Repsol Sinopec Brasil; Paulo Mendonça, presidente da brasileira OGX, e Sha Zukang, secretário geral da Rio+20, Chengyu lembrou que o comércio entre os dois países superou a barreira de US$ 80 bilhões e que a China é o maior destino das exportações brasileiras. O Gasoduto do Nordeste (Gasene), da Petrobras, foi mencionado como o primeiro projeto de grande porte dessa parceria. A Sinopec foi contratada para construir o gasoduto, financiado pelo China Eximbank.

O apetite da Sinopec começou a despertar o interesse dos concorrentes - também potenciais parceiros - após as aquisições de participações acionárias em áreas exploratórias detidas tanto pela Repsol como pela portuguesa Galp no país. E no domingo, o executivo chinês disse que quer investir mais, de preferência tendo a Petrobras como operadora. Tanto apetite não passou despercebido.

Sobre isso, o presidente da Repsol Sinopec disse que a empresa constituída por ambos no Brasil deve ser o veículo utilizado para as aquisições de novas áreas por meio de leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ainda não há previsão de novos leilões da agência.


Repsol Sinopec planeja investir quase US$ 1 bilhão no país este ano, boa parte disso em perfuração de poços

"Se houver uma nova rodada de áreas exploratórias, não faz sentido a Sinopec competir conosco", disse Moreno, da Repsol Sinopec. A exceção, completou o executivo, seria uma decisão do grupo espanhol de não participar depois que uma proposta como essa fosse levada ao conselho da empresa, presidido por ele.

A Repsol Sinopec planeja investir quase US$ 1 bilhão no país somente este ano, grande parte na perfuração de poços com custo unitário de até US$ 250 milhões. Até 2016, o investimento nos campos de Sapinhoá (antigo Guará) e Carioca, ambos descobertos no bloco BM-S-9 do pré-sal de Santos, serão de US$ 2,5 bilhões e US$ 1,675 bilhão.

Os valores não incluem os gastos com o desenvolvimento da produção do Pão de Açúcar, campo gigante descoberto em 2011 no pré-sal da bacia de Campos.

Na segunda-feira, ao falar sobre a operação no Brasil, Moreno disse que não trabalha com a hipótese de atraso na produção das áreas onde tem parceria com a Petrobras, mesmo depois de a estatal ter informado que entre os motivos da redução de suas metas de produção no pré-sal estão atrasos na entregas equipamentos críticos. "Nas nossas áreas, está tudo no prazo", disse Moreno.

A Petrobras informou em Londres, durante conferência promovida pelo banco Credit Suisse, que os prazos de entrega das plataformas FPSOs "replicantes" vão "deslizar" um ano e que as árvores de natal molhadas (que controlam a vazão na boca dos poços), devem atrasar, principalmente em 2013. A Petrobras e suas sócias encomendaram oito plataformas replicantes destinadas aos campos Lula e Sapinhoá (antigos blocos BM-S-11 e BM-S-9). Elas estão sendo construídas no estaleiro Rio Grande, enquanto os equipamentos submarinos foram encomendados à norueguesa Aker Solutions.

A Repsol Sinopec espera que Sapinhoá comece a produzir já no ano que vem, alcançando uma produção de 250 mil barris/dia em 2015. A Repsol Sinopec também espera, para 2017, o começo da produção no campo Carioca, também operado pela estatal.
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