O governo do Espírito Santo e a Shell promoveram um encontro, no último dia 21, no Palácio Anchieta, em Vitória, para debater a exploração do Parque das Conchas, onde a empresa opera o bloco BC-10. Na ocasião, o executivo André Araujo, falou sobre o investimento bilionário para a execução da fase dois do Parque das Conchas, que visa a ampliação de sua produção local com o incremento de 11 poços - sendo 7 produtores e 4 injetores de água e gás natural. A meta é que todos estejam produzindo até o fim de 2013. Atualmente, a produção do Parque das Conchas é de cerca de 52 mil barris de petróleo por dia.
Também foi anunciado o programa “Embaixadores da Shell” na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que visa a formação e atração de talentos profissionais, além de projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
“O programa aproxima nossos executivos da Universidade, de modo que possamos ter um diálogo permanente e atuar no dia a dia acadêmico, conhecendo as potencialidades e demandas, desenvolvendo projetos e profissionais com perfil para trabalhar na empresa”, avaliou Araujo.
No Espírito Santo, o “Embaixadores da Shell” será iniciado em 2013. Hoje, ele já é realizado junto à Universidade de São Paulo (USP), à Universidade de Campinas (Unicamp) e à Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A UFES será a 4ª universidade brasileira a integrar o programa.
“O conhecimento é um ativo fundamental e as empresas precisam de talentos. A demanda é grande e tende a crescer. Trata-se de um gargalo bom, mas que precisa ser tratado”, reforçou o presidente da Shell Brasil.
André Araujo também destacou que a Shell já está em fase de avaliação e aprovação de investimentos para uma potencial fase três do Parque das Conchas. Se aprovado, o projeto deve ser implementado em 2015.
Shell no Espírito Santo
No estado, a Shell opera no Parque das Conchas (BC-10), Bacia de Campos, onde extraiu o primeiro óleo em 2009. A plataforma instalada na costa capixaba é o FPSO Espírito Santo, com capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e 1,4 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia.
No projeto capixaba, a Shell empregou uma série de novas e avançadas tecnologias para fazer frente aos diversos desafios do projeto, entre eles a profundidade da água e a viscosidade do óleo. Bombas elétricas de 1.500 cavalos de potência impulsionam o petróleo extraído, por 1.800 metros, até a superfície para o processamento na plataforma flutuante de produção, estocagem e transferência FPSO Espírito Santo, cujo comprimento é de 330 metros de comprimento.