Empresa poderá abrir o caminho para uma das últimas fronteiras de petróleo.
Valor Econômico
Após seis anos de espera e superação de incontáveis obstáculos, a Royal Dutch Shell anunciou que deu início à perfuração de poços no Mar de Chukchi, na costa Alasca. Esta é a primeira vez em mais de duas décadas que a indústria de petróleo tem acesso às reservas nas águas do Ártico.
Se a empreitada for bem sucedida, a Shell poderá pavimentar o caminho para a exploração de uma das últimas fronteiras de petróleo no mundo.
O esforço da Shell para explorar as reservas nos mares do Ártico enfrentou resistência de ambientalistas, órgãos reguladores e do próprio gelo marinho. Agora, a gingante anglo-holandesa precisa intensificar a atividade de perfuração na região ao máximo para aproveitar uma janela curta que deve durar até o final do mês, no Mar de Chukchi, e atpé o final de outubro no Mar de Beaufort, dependendo das previsões meteorológicas.
Um dos navios-sondas que a Shell alugou para a perfuração no Alasca, o Noble Discoverer, iniciou os trabalhos no domingo (9). A etapa inicial de perfuração vai durar cerca de duas semanas. O vice-presidente da companhia no Alasca diz que a perfuração do primeiro poço deverá ser totalmente concluída em um mês. Este ano, a Shell planeja trabalhar na perfuração de cinco poços, três no Mar de Chukchi e dois no de Beaufort.
No momento, a companhia possui permissão apenas para perfurar a parte superior dos poços. Uma autorização para perfurar áreas petrolíferas só poderá ser concedida mediante a implantação de sistemas contra derramamento de óleo. Esse sistema de contenção já está sendo testado e levará duas semanas para chegar ao local.
O governo dos Estados Unidos acompanha de perto a operação. Reguladores do escritório de segurança ambiental estavam presentes no navio-sonda que começou a operar no domingo.
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