<P>Autoridades e empresários do Porto de Santos defendem a criação de uma delegacia específica para o combate ao roubo de cargas na região. Atualmente, na Baixada Santista, há somente um núcleo especial. </P><P>Embora os representantes do setor portuário sejam unânimes quanto à capacidade ...
A Tribuna - SPAutoridades e empresários do Porto de Santos defendem a criação de uma delegacia específica para o combate ao roubo de cargas na região. Atualmente, na Baixada Santista, há somente um núcleo especial.
Embora os representantes do setor portuário sejam unânimes quanto à capacidade e ao êxito nas ações dos policiais civis que integram o núcleo local de repressão ao roubo de cargas, eles pleiteiam a efetivação do órgão, medida que só poderá acontecer com a sua transformação em um delegacia especializada.
O núcleo é ligado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Polícia Civil. Não há um efetivo fixo para suas tarefas. Todos os cerca de 30 agentes da delegacia podem ser escalados para os trabalhos.
O assunto surgiu na reunião de ontem do Comitê de Logística do Porto de Santos. Nesse encontro, as forças policiais da região apresentaram o resultado de 2008 da força-tarefa para combater o roubo de cargas. Conforme A Tribuna anunciou com exclusividade no último dia 17, as ocorrências nas rodovias que servem o Porto de Santos caíram 25% no ano passado, fixando-se em seis. A incidência vai contra a média estadual, onde houve crescimento de 2% nos crimes desse tipo.
De acordo com o assessor de Segurança do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp) órgão que compilou as estatísticas sobre roubo de cargas da Secretaria Estadual de Segurança Pública , coronel Paulo Roberto de Souza, a intenção de instalar uma delegacia específica não é recente. Já houve, inclusive, um pedido formal ao ex-secretário de Segurança Pública paulista Saulo de Castro Abreu Filho, para elevar o núcleo.
Quando o roubo de cargas começou a crescer, lá por volta de 1992, já demonstrávamos essa necessidade. Mas, em 2002, 10 anos depois, o Estado considerou que um núcleo dentro da DIG bastava porque investigações gerais cuida de tudo. De fato, não há o que reclamar do núcleo, só elogiar. Mas, seria interessante ter mais poder, analisou Souza.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Litoral Paulista, Marcelo Marques da Rocha, apoiou a iniciativa. Ele lidera, junto com seu vice-presidente, Roberto Varela, as ações da força-tarefa de repressão ao roubo de cargas na região.
Esse resultado positivo, de queda de roubos nas nossas rodovias, que nós obtivemos no ano passado, foi certamente esforço desse núcleo, que é chefiado pelo delegado Marcelo Gonçalves. Transformá-lo em uma delegacia seria ótimo, disse Rocha, que homenageou Gonçalves com uma placa durante a reunião do comitê.
Da parte da Codesp, Autoridade Portuária de Santos, o diretor de Infraestrutura e Serviços, Paulino Moreira da Silva Vicente, colocou a empresa à disposição para qualquer ação que seja necessária para elevar o núcleo à delegacia. Para ele, o status do órgão deve acompanhar o crescimento da movimentação de valor agregado pelos terminais da região. A gente defende a delegacia especializada pela importância econômica da região. O Porto de Santos é rota de cargas com valores muito altos.
Reunião
Outros pontos abordados ontem, na reunião do Comitê:
Desafetação
Diretor de gabinete da prefeita Maria Antonieta, de Guarujá, Carlos Blaschi afirmou que deverá entregar à Codesp, na próxima semana, um documento com a aprovação da Prefeitura ao pedido de desafetação de áreas na Avenida Santos Dumont e na Rua Idalino Pinês (Rua do Adubo). A desafetação levará a União a declarar as vias como de utilidade pública federal, medida necessária para que a Avenida Perimetral da Margem Esquerda seja construída em parte das duas pistas.
Retomada
Carlos Blaschi também disse que irá discutir com a Associação Comercial e Empresarial de Guarujá a retomada das reuniões do Comitê de Guarujá, a versão do colegiado de técnicos que se reúne às terças-feiras em Santos.
Safra
O diretor de Infraestrutura e Serviços da Codesp, Paulino Moreira Vicente, cobrou dos terminais portuários o envio de informações relativas ao volume de cargas que será escoado na iminente safra agrícola. Ele quer as projeções para poder ajustar a logística do porto às demandas dos operadores.
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