Biogás

Setor do biogás inicia 2020 com mais de 400 usinas e crescimento de 40% ao ano

Redação/Assessoria
15/01/2020 13:35
Setor do biogás inicia 2020 com mais de 400 usinas e crescimento de 40% ao ano Visualizações: 808 (0) (0) (0) (0)

O Brasil iniciou 2020 com mais de 400 plantas de biogás em operação, um crescimento de 40% em relação ao ano passado. Para a Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), o ano foi de conquistas para o setor, que, além da expansão no número de usinas - com empreendimentos de grande porte em andamento que somam investimentos da ordem de R$ 700 milhões - registrou avanços nas políticas que favorecem o biogás.

Para o presidente da ABiogás, Alessandro Gardemann (foto), o RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis), que prevê a comercialização de Certificados de Descarbonização (CBIOs) a partir de janeiro, vai impulsionar a indústria do biogás. “O biometano (biogás para uso combustível) tem a melhor nota por apresentar pegada negativa de carbono, e pode ser creditado como combustível ou no processamento do etanol”, explicou.

O vice-presidente da associação, Gabriel Kropsch, acredita que haverá um incentivo ainda maior para o investimento em novas unidades de produção ano que vem com o início do RenovaBio. “Desde a regulamentação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da produção de biometano, em junho de 2017, vários projetos começaram a ser desenvolvidos, então este volume só tende a crescer”, afirmou. “O biogás é a única fonte de energia primária com pegada de carbono negativa, ou seja, quanto mais for usado, mais limparemos a atmosfera dos gases de efeito estufa”, complementou.

O Novo Mercado de Gás, programa lançado pelo governo no meio do ano, trouxe uma nova perspectiva para as empresas de biogás, que se posicionaram como complementares ao gás natural, com foco na interiorização do energético. Hoje, o biogás corresponde a menos de 1% da matriz energética brasileira, o que, para a associação, demonstra que existe uma margem gigantesca para o crescimento. “Toda a matéria que precisamos para a produção de biogás já está pronta, resíduos orgânicos da agroindústria e do saneamento, que são descartados no meio ambiente muitas vezes sem tratamento. Hoje, dispomos de tecnologia para empreendimentos economicamente viáveis, que podem transformar todo este material em fonte de energia”, afirma Gardemann.

De acordo com o presidente da ABiogás, a abertura dos dutos para comercialização do gás natural se restringe à Costa, já que o Brasil possui uma malha de distribuição reduzida. No interior, a solução para estimular o desenvolvimento econômico, levando o gás natural para centros industriais, virá por meio do biogás. “O biogás pode ser produzido próximo ao local de consumo, sem grandes investimentos como na construção de gasodutos. O biogás é uma fonte firme de energia, despachável, e limpa, que reduz as emissões de CO2 e ainda traz uma solução a passivos ambientais, que se tornam ativos energéticos”, explicou.

Segundo os cálculos da ABiogás, atualizados em dezembro, o potencial de produção do biogás, intercambiável com o gás natural, chega a 50,4 bilhões de m³/ano, contabilizando todo o resíduo produzido pela agroindústria e saneamento. Este volume seria suficiente para suprir 70% da demanda de diesel no País.

Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgados no último Fórum do Biogás, mostram, ainda, que o setor sucroenergético apresenta o maior potencial para a expansão do biogás, três vezes maior que o da agricultura e oito vezes maior que do saneamento, embora, hoje, 70% da produção nacional tenha origem neste último.

“Estamos otimistas para 2020. Com o início da comercialização dos CBIOs, e toda a movimentação que temos mapeado no cenário do biogás, nossa expectativa é de que teremos o dobro da expansão registrada em 2019. A projeção é de investimentos de cerca de R$ 50 bilhões até 2030”, concluiu Gardemann.

 

 

 

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Evento
Evento Drone em Faixas de Dutos tem nova data
06/11/24
Geração
ABGD participa de Conferência Internacional em Foz do Ig...
06/11/24
Certificação
Foresea recebe, pelo quarto ano seguido, certificação de...
06/11/24
Flow Assurance Technology Congress
Da produção offshore à transição energética
06/11/24
E&P
ANP lança segunda fase do GeoMapsANP com novos dados e f...
06/11/24
ACORDO
ABNT adotará normas do American Petroleum Institute em d...
05/11/24
Gás Natural
BRAVA Energia inicia fornecimento de gás para Pernambuco
04/11/24
Evento
Projetos de P&D da Galp são destaque em evento da SPE Br...
04/11/24
Gás Natural
Preço do Gás Natural recua e Gasmig repassa queda ao con...
04/11/24
Investimento
PetroReconcavo anuncia investimento de mais de R$ 340 mi...
04/11/24
Etanol
Anidro e hidratado fecham a semana valorizados
04/11/24
BRANDED CONTENT
Estudo comprova eficiência do corte a plasma na manutenç...
02/11/24
Energia Elétrica
CCEE ajuda a reduzir custos na gestão da oferta e do con...
01/11/24
Energia Solar
Energia Solar Fotovoltaica: SDE discute potencial e prot...
01/11/24
Pré-Sal
FPSO Almirante Tamandaré chega ao Campo de Búzios
01/11/24
Pré-Sal
Com 3,681 de milhões de boe, pré-sal tem recorde de prod...
01/11/24
Evento
Inscreva-se agora: últimas vagas disponíveis para o 7º S...
01/11/24
Pré-Sal
MODEC contribui com quase 40% da produção da Petrobras e...
01/11/24
E&P
Navio-sonda NORBE VIII, da Foresea, deixa Baía de Guanab...
01/11/24
ANP
Oferta Permanente de Concessão (OPC): aprovada a indicaç...
01/11/24
ANP
Qualidade de produtos importados: ANP ajusta regras para...
31/10/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21