Estudo

Setor de óleo e gás precisa de mudanças para manter competitividade

Esta é a conclusão do estudo “Perspectivas para a indústria de Óleo e Gás no Brasil”, desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young). A análise mostra ser necessário um ajuste na política do governo para que o país seja comp

Revista TN Petróleo, Redação com Assessoria
10/02/2014 18:41
Visualizações: 523 (0) (0) (0) (0)
As incertezas e entraves no setor de óleo e gás no Brasil, relativos à regulamentação, inovação, gerenciamento, infraestrutura, recursos humanos e legislação, podem afastar investidores. Esta é a conclusão do estudo “Perspectivas para a indústria de Óleo e Gás no Brasil”, desenvolvido pela EY (antiga Ernst & Young). A análise mostra ser necessário um ajuste na política do governo para que o país seja competitivo no setor, continue no foco do capital estrangeiro e suporte o desenvolvimento da indústria nacional. Caso contrário, o Brasil deve perder espaço para mercados em expansão como México e África Ocidental.

Segundo o Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, cinco áreas precisam de atenção e reavaliação para obtenção de melhores resultados em meio a expectativas positivas de desenvolvimento do setor: Capital Humano, Inovação Tecnológica, Infraestrutura, Investimentos e Modernização do Ambiente Regulatório, especialmente no que se refere à carga tributária.

Hoje o Brasil apresenta deficiências nesses cinco aspectos. A demanda por profissionais qualificados aumenta e não há cursos específicos para o setor de óleo e gás; existem tecnologias e insumos que não são supridos no mercado nacional; ainda é um desafio o gerenciamento dos vultosos e complexos investimentos no setor e a entrega bem sucedida de projetos é fundamental para manter a confiança do mercado; o país deverá desenvolver grande infraestrutura logística considerando a distância dos blocos do pré-sal com o continente (350 km) e desenvolver malha de gasodutos em regiões ainda deficitárias; além da necessidade de leis mais claras.

O estudo faz ainda um comparativo entre as políticas e resultados alcançados na Noruega e Inglaterra com os desafios que devem ser superados pelo Brasil. No caso da Noruega, o desenvolvimento se deu com o fortalecimento da indústria e a produção teve ritmo de desenvolvimento mais lento, respeitando as diferentes fases da exploração e produção. Além disso, houve forte financiamento de pesquisas para avanço tecnológico e foi adotado um regime tributário simples e transparente.

Já na Inglaterra, o desenvolvimento da indústria foi focado na maximização da receita no curto prazo, opção que trouxe bons resultados no início, mas levou a uma produção irregular na fase de crescimento e uma forte queda a partir do ano de 2000. Não havia estratégia de estímulo à pesquisa e eram constantes as mudanças no regime fiscal.

“O Brasil diz adotar o modelo da Noruega, considerado mais sólido, estruturado e voltado para o longo prazo. No entanto, na prática o país segue nos moldes da Inglaterra ao exigir um forte programa de investimentos para o aumento da produção no curto prazo”, afirma Carlos Assis, sócio líder do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY.

Para Assis, não dá para exigir conteúdo local alto a curto prazo ao mesmo tempo em que se exige crescimento acelerado da produção. “É necessária a adoção de medidas claras e a criação de um ambiente regulatório que incentive a concorrência leal, o que teria impactos positivos para o desenvolvimento do setor de óleo e gás. Não se cria indústria com programa de aceleração da produção. Estão exigindo dos fornecedores prazos muito curtos para fabricar equipamentos com alto grau de sofisticação”, explica o executivo.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
PE 2025-2029
Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras é apresentado c...
22/11/24
Bacia de Campos
Porto do Açu recebe P-26 para suporte a Reciclagem Verde
22/11/24
Gasolina
ANP publica painel dinâmico com dados de qualidade da ga...
22/11/24
Apoio
OceanPact apoia Mubadala Brazil SailGP Team, liderado pe...
22/11/24
Energia Solar
Brasil alcança 3 milhões de instalações com energia sola...
22/11/24
Resultado
Subsea7 atinge US$ 321 milhões em EBITDA ajustado no 3T2...
21/11/24
Pré-Sal
Com projeto Búzios 9, Tenaris reforça posição como forne...
21/11/24
Inclusão social
Dia da Consciência Negra: Mulheres negras empreendedoras...
20/11/24
Parceria
Amcham destaca parceria estratégica entre Brasil e EUA n...
20/11/24
Etanol
Aprovação de projeto que regulamenta mercado de carbono ...
20/11/24
MME
Resultados do GT de transições energéticas são integrado...
19/11/24
Salvador
Encontro Internacional de Energia já está com inscrições...
19/11/24
Biocombustíveis
Petrobras Biocombustível e Banco do Brasil assinam acord...
19/11/24
Combustíveis
Diesel comum e S-10 iniciam novembro com preço médio em ...
19/11/24
Parceria
Brasil e China firmam parceria para buscar soluções inov...
18/11/24
Logística
Vast Infraestrutura realiza primeira operação no Termina...
18/11/24
Internacional
Primeiro-Ministro britânico, Keir Starmer, visita Brasil...
18/11/24
Evento
Bahia sediará Encontro Internacional do Setor de Energia
18/11/24
Acordo
Petrobras e Yara assinam acordos para cooperação técnica...
18/11/24
PD&I
Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) vai desenvol...
18/11/24
Etanol
Hidratado sobe quase 1% e anidro recua 1,38% na semana
18/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21