Licitação

Sete empresas fluminenses entregarão propostas à Transpetro até quarta-feira

Secretário estadual de Indústria Naval e Petróleo não descarta a possibilidade de novas decisões judiciais impedindo a participação de "estaleiros virtuais".


14/03/2005 03:00
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Sete empresas fluminenses deverão entregar até quarta-feira (16/03) suas propostas de pré-qualificação na licitação para construção de 22 navios petroleiros da Transpetro, a empresa de transporte marítimo da Petrobras. O grupo é formado por Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), Brasfels (antigo Verolme), Renave, Sermetal (antiga Ishibrás), Rionave (antigo Caneco), Mauá-Jurong e Nuclep.

Segundo o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, seis empresas apresentarão propostas para o Grupo A, que abrange todos os tipos de navios da previstos na licitação - Suezmax, Aframax, Panamax, Produtos e GLP (gaseiros). A restante fará uma proposta para os grupos B (Panamax, Produtos e GLP) e C (apenas GLP).

Todas as empresas contarão com assistência técnica das empresas estrangeiras Gdinya (Polônia), Lisnave (Portugal), Hyunday (Coréia), STX (Coréia), Daewoo (Coréia) e Technitas (França). "Alguns desses casamentos aí fui eu que promovi. São empresas que vão dar assessoria técnica, ou seja, os maiores estaleiros do mundo estarão com estaleiros reais no Rio de Janeiro", disse Victer, fazendo alusão aos grupos que ele denomina como "virtuais", que pretendem participar da concorrência sem ainda base instalada.

A possibilidade participação dos estaleiros virtuais, prevista no edital de pré-qualificação, vem sendo questionada na Justiça. No mais recente desdobramento dessa guerra judicial, a 15ª Câmara Cível do Estado do Rio de Janeiro acatou recurso da Transpetro e cassou a liminar concedida pela 1ª Vara Cível de Angra dos Reis ao pedido do vice-prefeito do município, Jorge Gonçalves Bernardo (PL).

A decisão suspendera alguns itens do edital de pré-qualificação, mas o objetivo principal da iniciativa era impedir a participação dos estaleiros virtuais. "Do jeito que está hoje, (os estaleiros virtuais) podem até apresentar proposta, mas vão ficar com uma espada sobre a cabeça", disse Wagner Victer, referindo-se à possibilidade de novas ações.

As declarações do secretário foram feitas durante encontro de empresas holandesas fornecedoras do setor naval com empresários brasileiros. Além de Wagner Victer, o encontro, promovido pelo consulado-geral dos Países Baixos, contou com a participação de Paulo de Oliveira, diretor do Sindicato da Indústria Naval e do Estaleiro Mauá-Jurong. Oliveira revelou que deverá fechar até maio o financiamento de US$ 45 milhões negociado com o Banco do Brasil envolvendo recursos do Fundo de Marinha Mercante. Entre as obras está incluída a ampliação da carreira do estaleiro para 12 metros, que terá o objetivo de permitir a construção de navios Suezmax.

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