Minas Gerais

Sertão pode abrigar petróleo

Jornal do Commercio
18/05/2009 07:03
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Já quase sem veredas e cercado por um mar de eucaliptos, o sertão de Minas Gerais pode abrigar petróleo em suas entranhas. A possibilidade é tratada de forma discreta em Santa Fé de Minas, região noroeste do estado, onde a empresa norueguesa Petroleum Geo-Services (PGS), instalada no País com o nome PGS Onshore do Brasil Participações Ltda, realizou, durante quase oito meses, uma série de pesquisas e sondagens - e para onde vai retornar nas próximas semanas para mais uma rodada de trabalhos, contratada pela Petrobras.

 


A novidade é que, agora, as pesquisas serão mais detalhadas e feitas numa área restrita. No jargão da geologia, serão pesquisas “3D” - o que também significa aumentar o grau de sigilo em torno de seus resultados. O gás realmente está lá. Agora, resta saber se o petróleo também está. “Há essa possibilidade”, admite Adeílton Pereira de Lima, o Pernambuco, que comandou parte das operações da PGS no passado e agora coordena o retorno da empresa.

 


Santa Fé, próxima à região do Remanso do Fogo, onde o gás brota em poços artesianos e das águas do Rio Paracatu (os pescadores locais acendem fogueiras diretamente na terra das margens do rio para esquentar comida), vem apostando todas suas fichas no retorno da PGS, que mantém um escritório na vizinha Brasilândia de Minas.

 


A expectativa tem mais de 180 razões diretas: esse foi o número de currículos que Pernambuco recebeu dos habitantes da cidade, esperançosos de arrumar um bom emprego no grupo norueguês. Trata-se, de fato, de um bom emprego. Um auxiliar de operações da PGS recebe, em média, um salário líquido de mais de R$ 700, bem acima dos padrões locais. A economia de Santa Fé está praticamente na lona. O que a sustentava - o plantio de eucalipto e colheita de carvão, usado pelas siderúrgicas da região - foi duramente afetado pela crise mundial, que derrubou o consumo de aço.

 


“As únicas fontes de renda são a prefeitura, os funcionários da escola estadual e os aposentados. O gás traria uma mudança muito grande para a cidade, que hoje vive com R$ 350 mil mensais, basicamente do Fundo de Participação dos Municípios “, diz o prefeito Ronaldo Soares. Como a nova pesquisa da PGS deve durar entre dois anos e meio a três, a cidade terá, até lá, uma fonte de empregos garantida. Se o gás realmente vier e, com ele o petróleo, o município viverá sua redenção econômica.

 

 

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