<P>A diretoria da empresa paulista do setor de alimentos Selmi bateu o martelo pela construção de uma planta industrial no Complexo de Suape, em Pernambuco. Agora, falta apenas a elaboração do projeto para dar início ao processo de implantação. De acordo com o presidente do grupo, Ricardo Sel...
Folha de PernambucoA diretoria da empresa paulista do setor de alimentos Selmi bateu o martelo pela construção de uma planta industrial no Complexo de Suape, em Pernambuco. Agora, falta apenas a elaboração do projeto para dar início ao processo de implantação. De acordo com o presidente do grupo, Ricardo Selmi, que esteve ontem no Recife, a chegada da planta “já está atrasada” visto que dois dos seus maiores concorrentes, a Bunge e M. Dias Branco, já estão instalados no Estado, e a J. Macêdo anunciou a construção de uma unidade pernambucana. A empresa é mais conhecida pelas marcas Galo (macarrão) e Renata (massas, bolos e bolinhos).
“O nosso objetivo é trazer uma fábrica (a Pernambuco) para atender o mercado do Nordeste, onde ainda estamos muito incipientes. Agora, isso não acontece de uma hora para outra. Ainda precisamos formar uma rede de distribuição e concluir o projeto”, afirmou Selmi. De acordo com o presidente, existe grande possibilidade de os produtos passarem a ser exportados pela unidade de Suape para os países europeus, norte-americanos e africanos.
Atualmente, a empresa exporta, através da fábrica de Sumaré (SP), para 17 países, entre eles Estados Unidos, Paraguai, Chile e África. Segundo o presidente, o mercado nordestino consome cerca de 25% da produção da empresa. “Já estamos atrasados. Devíamos ter vindo há mais tempo. Até o fim do ano, estaremos com o projeto concluído. Começaremos com uma planta menor do que as já existentes (SP e PR) e depois expandiremos na medida que for necessário”, disse Selmi.
No primeiro momento, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, o grupo virá com uma planta de massas e macarrão instantâneo, orçada entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, aproximadamente. A segunda etapa engloba uma unidade de biscoito com investimento entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. Nos planos da empresa, prevê-se, na última fase, a construção de moinho. O secretário informou que a empresa deverá gerar quase 120 novos empregos. A empresa, hoje, emprega 1.570 funcionários, sendo 870 nas fábricas, 400 promotores e 300 representates comerciais.
Durante a segunda visita ao Estado, Selmi decidiu por um terreno de oito hectares, no pólo de alimentos, próximo à fábrica da Coca-Cola, em Suape. “Eles já escolheram o terreno. Vamos agilizar a abertura de licitação para a venda do terreno, que está avaliado em R$ 600 mil, na próxima semana”, disse o secretário, que está articulando a concessão de incentivo fiscal dentro do Prodepe. A empresa já teve o projeto aprovado em caráter precário pelo Condic.
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