Opep
Queda brusca dos preços do petróleo.
Valor Online
Uma reunião bilateral entre autoridades venezuelanas e sauditas deve terminar em frustração para os planos da Venezuela de estancar a queda nas cotações do petróleo.
A pretexto de uma conferência climática na Venezuela, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, encontrou-se com Rafael Ramirez, que até recentemente era chefe da gigante de energia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) e é representante do seu país na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o cartel dos produtores.
Normalmente, esses representantes só se encontram em reuniões da própria Opep, mas diante da pressão de baixa sobre as cotações de petróleo, com retração de 25% nos últimos dois meses, uma reunião bilateral foi “encaixada” nesta quarta-feira entre Ramirez e al-Naimi.
À saída da reunião que durou uma hora, Ramirez classificou o encontro como “excelente”.
Perguntado se estava preocupado com a queda dos preços do petróleo, Ramirez respondeu: "Preocupa a todos nós”.
Já al-Naimi não deu declarações, mas um de seus assessores afirmou que a Arábia Saudita “não vai atuar como um produtor que oscila”, em alusão a possíveis mudanças no ritmo de produção de petróleo.
Esse assessor também afirmou que a posição saudita será ratificada na próxima reunião da Opep, em 27 de novembro.
Quase a totalidade das exportações venezuelanas veem de suas jazidas de petróleo. Quedas nas cotações empobrecem fortemente o país.
Uma solução possível seria os produtores cortarem a produção para forçar a elevação dos preços, mas os sauditas se recusam a apoiar esse plano.
Neta semana, a Arábia Saudita reduziu o preço para o petróleo bruto vendido para os Estados Unidos, uma medida vista como uma forma de manter a sua quota de mercado para as exportações aos americanos.
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