Redação/Datagro
Depois das discussões sobre os reajustes nos preços do diesel observadas na última semana, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulga comunicado onde defende medidas que podem amenizar as tensões observadas no setor de transporte de cargas. Na avaliação da entidade, o repasse das variações dos preços internacionais do diesel deveriam ser feitos em intervalos de, no mínimo, 30 dias.
De acordo com a entidade, esse prazo é razoável e permite que o transportador negocie os preços de frete sem o risco de enfrentar grandes surpresas durante as negociações. "Oscilações constantes no custo do diesel inviabilizam a formação de preços justos e seguros para o frete. Essa situação expõe os transportadores a incertezas e a prejuízos insuportáveis. Se perdurar, pode levar à insolvência generalizada no setor", destaca, em nota, a entidade.
Ainda como solução às variações na cotação do combustível, a CNT propõe a adoção de um ponteiro para indicar as oscilações do mercado internacional para que o transportador possa revisar seus custos a tempo de absorver as variações no preço do diesel.
Outra proposta da entidade seria a criação de um gatilho que dispare o repasse quando houver grandes oscilações do preço internacional do diesel. Por exemplo, sempre que a variação acumulada ultrapassar 10% para cima ou para baixo, o preço do diesel deve ser reajustado. Isso evitaria solavancos no preço mantendo o mercado mais estável e seguro.
"Encontrar um ponto de equilíbrio para o preço do diesel é fundamental, mas não é suficiente para aliviar a pressão sobre o transporte de cargas. Pelo menos, outros dois fatores pesam muito sobre o setor: a carga tributária, que chega a 24% do custo do combustível e a precariedade da malha rodoviária do país".
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