Porto de Santos

Remoção das pedras de Teffé e Itapema começa no dia 15

A princípio, o trabalho de remoção das rochas estava previsto para ocorrer no mês passado. No entanto, segundo a SEP, a mudança na metodologia da retirada das rochas e a temporada de cruzeiros marítimos atrasaram o cronograma da atividade.

A Tribuna
02/08/2012 17:17
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A retirada das pedras de Teffé e Itapema, que estão submersas no Canal do Estuário e dificultam a navegação no Porto de Santos, deve começar em cerca de duas semanas, mais precisamente a partir do dia 15, garantiu a Secretaria de Portos (SEP). O início dos trabalhos ainda depende da mobilização das balsas que irão fazer o transporte aquaviário. Elas levarão as rochas recolhidas dos seus locais de origem até o cais.

As duas rochas são obstáculos à navegação no complexo santista porque reduzem a largura e a profundidade do canal. Uma delas, a pedra de Teffé, está localizada entre o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, no armazém 25, e os silos do armazém 26, na Margem Direita do Porto, a 12,5 metros de profundidade.

Já a outra, a de Itapema, está submersa em frente ao Forte de Itapema, na Margem Esquerda (Guarujá), na direção do Armazém 12, a 10 metros de profundidade. O serviço é necessário para permitir o alargamento do canal de 150 para 220 metros. Ambas rochas foram explodidas no final do ano passado pela draga chinesa Yuan Dong 007. Restaram apenas os pedregulhos.

A princípio, o trabalho de remoção das rochas estava previsto para ocorrer no mês passado. Quando esteve em Santos, em junho último, o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, chegou a afirmar que ambas as pedras estariam removidas até agosto. No entanto, segundo a SEP, a mudança na metodologia da retirada das rochas e a temporada de cruzeiros marítimos atrasaram o cronograma da atividade.

Ainda assim, o órgão crê que até dezembro deste ano todo o trabalho de remoção das pedras estará concluído, o que irá coincidir com a conclusão da retirada do navio grego Ais Giorgis, que naufragou no canal de navegação do cais santista, em 1974. O cargueiro já foi fatiado e suas peças estão sendo içadas por um guindaste flutuante (cábrea).

Segundo a SEP, o recolhimento começará pela pedra de Teffé para não atrapalhar a chegada dos navios de cruzeiro ao Porto. A presença da rocha dificultaria a passagem de embarcações de grande porte, como as previstas para atracarem no complexo na próxima estação. O primeiro navio de passageiros deverá parar no Porto em novembro. Logo em seguida será feita a remoção de Itapema. A previsão é que a retirada de Teffé seja feita em um mês e meio. Já a de Itapema será mais rápida.

O trabalho deve ser concluído em 20 dias. Os prazos diferentes estão ligados à quantidade a ser extraída. Teffé são 20 mil metros cúbicos, enquanto Itapema 11 mil metros cúbicos.

Uma draga do tipo Clamshell (com garras em forma de concha), será a responsável pela remoção das rochas do fundo mar. O equipamento já está no Porto. Porém, ele ainda não pode iniciar os trabalhos porque está aguardando a mobilização das balsas para dar início à remoção das rochas.


Tecnologia aplicada

Tradicionalmente, para eliminar rochas submersas, é utilizada uma espécie de plataforma perfuradora para a colocação dos explosivos. Mas, no cais santista, foi empregado um navio perfurador, que fundeia sobre a pedra, lança as torres de perfuração e aplica os detonadores.

Esse foi o procedimento adotado no final do ano passado, quando o canal de navegação chegou a ficar interditado em dias alternados para que as pedras fossem implodidas. A intenção foi garantir a seguranças das embarcações e dos trabalhadores.

O modelo da derrocagem de Itapema e de Teffé foi definido pela Ster Engenharia, que venceu a licitação com a proposta de R$25,5 milhões. Ele é custeado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
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